#Kairos vence o prémio Tertio Millennio 2018

#Kairos vence o prémio Tertio Millennio 2018

Roma (NEV), 17 de dezembro de 2018 – “Kairós”, De Paulo Barakat, é o vencedor da XXII edição do Tertio Millennio Film Fest, um festival de diálogo inter-religioso que este ano teve como tema “Os dias da revolta. Guerra, revolução e redenção”.

Para o documentário “Fortaleza Mãe”De Maria Luísa ForenzaMenção especial. A cerimônia de premiação foi realizada no sábado, 15 de dezembro, em Roma, no cinema Trevi. Os prêmios foram atribuídos pelo júri inter-religioso presidido por Claudia DiGiovanni.

“O filme é sobre Danny, um menino com síndrome de Down, ex-campeão de ginástica artística, que limpa uma academia de boxe, mas sonha em entrar no ringue – diz Elena Ribet, no júri da Associação de Cinema Protestante “Roberto Sbaffi” -. Um segredo mudará seu destino. Filme xamânico, inovador, desafiador, onde o protagonista é interpretado por Chris Buntonator que sofre de trissomia 21, e onde a dimensão do tempo é suspensa em kairosna fronteira entre o momento supremo e o infinito, onde há amor e vida”.

O XXII Tertio Millennio Film Fest, organizado pela Fondazione Ente dello Spettacolo (FEdS), representa uma oportunidade de diálogo inter-religioso e intercultural entre as comunidades católica, protestante, ortodoxa, judaica e islâmica. “Foram 9 filmes em competição, vindos de lugares muito distantes. Abordaram temas candentes sobre os quais muitas vezes estamos divididos: guerra, fundamentalismo religioso, família, hospitalidade, diálogo. São temas sobre os quais o festival quis antes promover um diálogo para passar uma mensagem importante: o cinema aproxima-nos”, lê-se no comunicado final da iniciativa.

Leis aqui todas as tramas dos 9 filmes em competição.

Estas são as razões do júri:

Kairóspor Paulo Barakat. Drama, Austrália; 2018 – 87′

Kairós destrói o estereótipo da síndrome de Down como uma limitação física, mental, psicológica, relacional e social. Mas Kairos também nos mostra os diferentes níveis de amor e amizade, com todas as distorções que a fraqueza humana traz consigo. Por fim, ele nos revela como só se pode amar o próximo amando a si mesmo primeiro: a verdadeira força existencial está na coragem de ser fiel aos próprios valores e visões, em aceitar as derrotas e aprender com elas, no amor próprio que leva a evoluir, a se redimir, a se aprimorar e a ser um bom exemplo de vida para os outros.

Mãe Fortaleza, por Maria Luísa Forenza. Documentário, Itália, Síria; 2018 – 78′

Neste documentário, emerge a habilidade do diretor em criar passagens de luz no drama da guerra na Síria. Apesar do tempo das bombas, da violência, da agonia dos sobreviventes diante dos mortos e da morte, apesar de tudo, os reflexos do espírito estão vivos, do desespero que se torna esperança, do horror que se torna perdão, da resignação inerte que se torna obstinação por um projeto maior de partilha, redenção de amor, paz, fraternidade e irmandade.

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