“Paz e a mensagem pacĂfica do Evangelho”
Torre Pellice (Turim), 22 de agosto de 2022 – sara heinrich ontem, 22 de agosto, ela foi consagrada pastora durante a cerimĂ´nia de abertura da Assembleia do SĂnodo das igrejas Batista, Metodista e Valdense.
Neste vĂdeo uma entrevista para saber mais sobre o novo pastor, feita por Simona Menghini e publicado pela igreja valdense.org:
Abaixo está a apresentação escrita pelo novo pastor para o semanário Reforma último dia 29 de julho:
Meu nome é Sara Heinrich, sou casada e mãe de dois filhos. Desde 2019 acompanho o curso de formação para o pastorado na União das Igrejas Valdenses e Metodistas na Itália. No entanto, o desejo de ser pastor nasceu muitos anos antes e deriva do contexto de fé, mas também do contexto histórico em que cresci: as igrejas evangélicas na Alemanha na transição dos anos oitenta para os anos noventa, mais especificamente o cidade de Gelsenkirchen, a mais pobre da Alemanha Ocidental. Minha igreja local faz parte da United Church of Westphalia e está localizada em um bairro de mineração de carvão antigo, de baixa escolaridade, multicultural e multirreligioso.
A vida comunitária, na qual a fé tinha relevância direta para a vida cotidiana, me moldou. Conheci a igreja local como um lugar de culto, um lugar de discussão e debate, um ponto de referência para o bairro e um refúgio, mas também um lugar de educação e resistência com todas as alegrias e problemas que isso trazia. Sendo o segundo de três filhos do pastor, cresci literalmente no meio da comunidade, certamente um dos motivos pelos quais já havia manifestado o desejo de ser pastor desde cedo.
Outro elemento tambĂ©m foi decisivo para a minha fĂ©, nomeadamente o protestantismo alemĂŁo depois do nacional-socialismo. Cresci como filha de uma geração de herdeiros de culpas esmagadoras, convencida de que a Ăşnica salvação pode vir de Deus que salva o mundo por amor e que a Ăşnica maneira de viver Ă© seguir Seu filho e tornar-se construtores de Sua paz. TambĂ©m por isso a minha fĂ© Ă© de alguma forma uma fĂ© sem reservas, nunca a percebi como uma escolha mas como uma tarefa, nĂŁo como um privilĂ©gio mas como uma responsabilidade, nĂŁo como segurança privada mas como um convite a envolver-me no destino da criação . Ao me matricular no curso de graduação em Teologia Protestante, descobri um mundo novo. Pode-se dizer que “mergulhei” na alegria de descobrir novos contextos acadĂŞmicos e eclesiásticos, e assim minha carreira universitária me levou a Bonn, Betel (Bielefeld), Roma e Heidelberg, onde pude ficar apĂłs a graduação como pesquisador e professor da cadeira de Estudos Religiosos e Teologia Intercultural.
Tive meu primeiro contato com o protestantismo italiano durante meu ano no exterior na Faculdade Valdense de Teologia em Roma, que escolhi porque estava curioso sobre a histĂłria desta pequena (prĂ©-) igreja reformada, mas tambĂ©m a perspectiva minoritária: como isso afeta o vida das comunidades, a organização da Igreja e tambĂ©m a identidade protestante, sem imaginar ainda que significado teria para a minha biografia e para a minha vocação. Quando escolhemos a Itália como centro de nossa vida familiar em 2015, tornei-me membro da igreja valdense em Livorno, onde tambĂ©m celebramos a bĂŞnção de nosso casamento e o batismo de nosso filho. Para acolher a “vocação externa” precisei me distanciar do contexto em que cresci. Durante o meu perĂodo de experiĂŞncia fui acompanhado – pontual e continuamente – por irmĂŁs e irmĂŁos que depositaram a sua confiança na minha vocação, sou profundamente grato a cada um deles. E Ă© com gratidĂŁo que gostaria de viver o ministĂ©rio, colocando meus dons a serviço de Deus, formando junto com minhas irmĂŁs e irmĂŁos o corpo visĂvel de Cristo para testemunhar nossa fĂ© aqui e agora.
Deixe o seu comentário! Os comentários não serão disponibilizados publicamente