Bréscia.  Corpos de mulheres, violência, religiões, migrações

Bréscia. Corpos de mulheres, violência, religiões, migrações

Roma (NEV), 9 de fevereiro de 2023 – O Comitê Nacional da Federação das Mulheres Evangélicas da Itália (FDEI) convida você para dois importantes encontros a serem realizados em Brescia nos dias 11 e 12 de fevereiro. Dirigido a todos os cidadãos, associações, grupos de mulheres de igrejas, os dois compromissos têm como protagonistas, entre outras coisas, mulheres migrantes.

“Um encontro que quer celebrar a enorme contribuição oferecida pelas mulheres migrantes na Itália e nas igrejas evangélicas italianas – escreve o Comitê FDEI -. Mulheres portadoras de valores simbólicos e culturais essenciais, onde a interseccionalidade dos nossos corpos é o testemunho mais autêntico. Falamos de interseccionalidade tendo já constatado, várias vezes, a nossa capacidade comum de lidar positivamente com eventos traumáticos. Nossas formas de reorganizar nossa própria vida diante das dificuldades. E como tentamos reconstruir nossa vida à luz da Palavra de Deus, permanecendo abertos às oportunidades que a própria vida nos oferece”.


Abre no dia 11 de fevereiro com a sessão pública, das 17h às 19h na Sala del Camino, no Palazzo Martinengo delle Palle (via San Martino della Battaglia, 18 – Brescia). Aqui o cartaz: 11 DE FEVEREIRO DE 2023

Violência de gênero e religiões: desafios locais

Apresentação:

No contexto multicultural e multirreligioso de Brescia, a realidade da violência de gênero levanta muitas questões, de natureza cultural, mas também sobre a capacidade de defender os direitos de cidadania de cada mulher. Conforme relatado pelo MigraREport 2022, elaborado pelo Centro de Iniciativas e Pesquisas sobre Migração – Brescia (CIRMIB) da Universidade Católica do Sagrado Coração de Brescia, se é verdade que nos últimos anos houve mais instrumentos legais para lidar com do fenómeno (por exemplo o “código vermelho” e a instituição da advertência ao parceiro violento), também é verdade que as mulheres denunciam mais abusos e violências sofridas pelo que o fenómeno está a aumentar, mesmo entre as populações estrangeiras.

PLANO

Moderado:

pastor Leonardo MagriIgreja Valdense de Brescia

Caixas de som:

Pastora Gabriela Liopresidente da FDEI Roma
Madalena ColomboUCSC, Diretor do CIRMIB e Presidente da Associação Dòsti – Festival de Artes e Culturas Religiosas
Naima DaoudaghMediadora cultural nos serviços de saúde, Associação Dòsti Festival de artes e culturas religiosas
Viviana CassiniPresidente da Women’s House Association-Antiviolence Center, Brescia
Batool HaidariUniversidade de Cabul, ativista dos direitos das mulheres

O evento será tema de um podcast da RADIO DOSTI “um mundo em Brescia”.
entrada livre


Segundo compromisso, em 12 de fevereiro, das 9 às 17h30, na Igreja Evangélica Valdense na Via dei Mille, 4. Aqui o pôster: 12 DE FEVEREIRO DE 2023

Mulheres evangélicas juntas. Ouvindo Abigail: mulher de bom senso e visionária

Caixas de som:

Pastora Eliade Dias Dos Santos
estudante de teologia Heidi Lengler

PLANO

9h00 Chegadas – apresentação e boas-vindas
9h45 Intervalo Café
11h00 Adoração – Igreja Valdense Brescia
12h30 Actividades antes do almoço
12h45 Almoço
14.00 Introdução ao Estudo Bíblico I Samuel 25: História de Abigail e Nabal
14.40 Trabalho de grupo
16.20 Plenário e propostas para um futuro possível
17h30 Conclusões e bênção final
entrada livre

admin

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No volume há um ensaio introdutório do papa emérito que supostamente escreveu "Não posso ficar calado", pedindo a um Papa Francisco não permitir a ordenação sacerdotal de homens casados ​​proposta pelo Sínodo da Amazônia. O que você acha? Acho que o celibato é uma possibilidade, tanto para qualquer cristão, o cristão leigo, como para o cristão encarregado de um ministério, seja sacerdotal, pastoral, diaconal, doutoral ou outra forma de ministério apostólico. É uma possibilidade de que a Bíblia fala. Jesus aparentemente não era casado, mas a ideia de que existe uma incompatibilidade entre casamento e ministério de qualquer tipo na igreja, e estou falando de ministério masculino e feminino, porque isso obviamente também se aplica às mulheres, é uma ideia que tem sem raízes bíblicas. Se alguém se sente chamado a uma vida de solteiro, como dizem hoje, de solteiro, ótimo. Ninguém o proíbe. Também está previsto na carta aos Coríntios no capítulo 7, dedicado a esses assuntos. É uma possibilidade que, para ser autêntica, penso que deve permanecer livre. No momento em que se torna lei, torna-se obrigatório e afirma, como creio que Ratzinger sustenta, que existe uma relação ontológica, isto é, de substância, entre o celibato e o ministério sacerdotal ou pastoral (o que seria questionado, aliás negado ou em qualquer caso irreparavelmente comprometido pelo fato de ter uma relação conjugal ou matrimonial), esta afirmação é absolutamente, a meu ver, desprovida de qualquer fundamento bíblico e, portanto, com todo o respeito, desprovida de verdade e autoridade cristã. Não é algo que a fé cristã deva aceitar, esse é o ponto. Não é algo que deve ser obedecido em nome da fé. Naturalmente todas as posições são dignas de serem meditadas, nada nem ninguém é desprezado, mas não me apetece dizer mais nada. É uma opinião respeitável, como todas as outras, mas nada mais. Uma opinião que não tem nada específica e autoritariamente cristã. Na sua opinião, o celibato eclesiástico deveria ser abolido? O que deve ser abolido não é o celibato, mas a obrigação do celibato. A obrigação é o que trai a própria natureza do celibato. Não que alguém seja forçado a casar, mas o celibato também é uma violação dos direitos humanos. Quem aceita esta lei o faz de bom grado, de bom grado, por mil motivos espirituais, religiosos ou não religiosos. No entanto, assim como o celibato é um direito humano, o casamento também é um direito humano. Amar uma pessoa é um direito, não um crime. Todo mundo sabe que existe atração entre os sexos. E é uma coisa sacrossanta, a única coisa graças à qual a humanidade sobrevive. Sem isso, sem atração, não haveria futuro. O casamento pode complicar ou resolver problemas, como todas as situações humanas da vida. Não há mística do casamento, nem mística do celibato. O que aconteceria se o celibato fosse abolido? Se a obrigação do celibato fosse abolida, seria uma libertação. Seria entendido em todo o mundo que o ministério e o casamento (amor conjugal e familiar) podem ou não coexistir, mas não podem ser escolhas impostas. É claro que uma vida familiar infeliz, seja de pároco ou de sacerdote, pode repercutir negativamente no exercício do ministério, mas isso não justifica impor uma escolha. Ratzinger argumentaria em seu ensaio que no Antigo Testamento os padres tinham que prometer abster-se de qualquer ato sexual com suas esposas, vivendo como irmão e irmã. Eu não sabia, é muito estranho para mim acreditar, mas seria uma lei injusta. Por trás de tudo isso está a suspeita, para não dizer a crença, de que a sexualidade é pecaminosa em si mesma, de que qualquer que seja o ato sexual em que você se envolva, você peca. Porque o pecado está em algum lugar, misteriosamente. É uma ideia muito antiga, difundida também no cristianismo e, talvez, uma das razões pelas quais a renúncia à sexualidade foi entendida como o primeiro passo para a santidade. 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