Lutero e a Santa Ceia.  História, ontologia e atualidades

Lutero e a Santa Ceia. História, ontologia e atualidades

Roma (NEV), 4 de junho de 2021 – Uma conferência sobre Lutero e a Santa Ceia. Esta é a proposta da Academia de Estudos Luteranos da Itália (ASLI) para os dias 4 e 5 de junho.

A conferência, aberta a todos, ocorre eletronicamente no Zoom.

Estão previstos 11 relatórios. O tema será abordado sob diferentes perspectivas, a histórico-teológica e a ontológico-ecumênica. Entre os temas: a teologia da Ceia para Lutero. O aprofundamento das questões sacramentais, teológicas, eclesiológicas e terapêuticas. O “sacrifício de intercessão”. Os “desafios” à ontologia dados pelas opções “virtuais” da Santa Ceia. A crítica de Martinho Lutero à doutrina da transubstanciação.

Também falaremos sobre Dietrich Bonhoeffer como intérprete da teologia do Sacramento do Altar de Lutero, da Disputa de Marburg (1529) revisitada à luz do Acordo de Leuenberg (1973), e muito mais.

Aqui está o programa (para a versão em pdf para impressão clique aqui).


Sexta-feira, 4 de junho, 15h

Saudações: Frank Buzzi – Presidente da ASLI

Italo Pons – membro do Conselho Valdense, Milão

Heiner Bludau – Decano da Igreja Evangélica Luterana na Itália (CELI)

Roberto M. Pagani – Responsável pelo serviço Ecumenismo e Diálogo da Diocese de Milão

Introdução ao tema:

Lubomir Žak – Diretor Científico da ASLI

Relações:

Johannes SchillingA Gênese e Desenvolvimento da Teologia da Ceia de Lutero

Paulo ricoA disputa de Marburg (1529) revisitada à luz do Acordo de Leuenberg (1973)

A discussão segue. Retoma às 17h30

Moderador: Michael Cassese

Relações:

Antonio Sabetta, o realismo sacramental de Lutero. Significado e importância

Dieter KampenA Santa Ceia como encontro com o sagrado

A discussão segue.


Sábado, 5 de junho, 9h

Moderador: Markus Krienke

Relações:

Ângelo MaffeisA crítica de Martinho Lutero à doutrina da transubstanciação

Sérgio RostagnoA identificação com Cristo e o crente na Ceia

A discussão segue. Ele recomeça às 11

Moderador: Frank Buzzi

Relações:

Lubomir Žak, O Sacramento do Altar no contexto dos Catecismos de Lutero. Uma leitura teológico-fundamental

Michael CasseseA eficácia da Santa Ceia em Lutero: seu valor eclesiológico e terapêutico

Markus KrienkeD. Bonhoeffer como intérprete da teologia do Sacramento do Altar de Lutero

A discussão segue. Recomeça às 15h30

Moderador: Antonio Sabetta

Relações:

Mário Galzignato, o vere sacrificium propiciatorium de Trento e o “sacrifício de intercessão” no BEM. As razões para uma equivalência

Dietrich KorschÉ possível participar de forma virtual da celebração da Santa Ceia? Desafios à ontologia da Santa Ceia

Segue-se uma discussão e uma pausa. Retoma às 17h30

Conclusões:

Dieter Kampen e Lubomir Žak (perspectiva histórico-teológica)

Paolo Ricca e Franco Buzzi (perspectiva ontológico-ecumênica)

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Existem cursos no hospital, obrigatórios para os nossos alunos de teologia (os pertencentes ao CPE), mas há algum tempo surgiu a necessidade de organizar cursos dirigidos aos leigos das comunidades, a pessoas que tenham a intenção de realizar um trabalho voluntário serviço, aos chamados visitantes locais, aos diáconos... Pensemos, por exemplo, nos Consistórios. Outrora, na visão reformada, o Consistório era imaginado mais do que um órgão administrativo como um colégio de anciãos e anciãs com a função de cuidar da comunidade. Um papel que ainda hoje pode e deve ser valorizado”. O curso decorre cerca das 9h às 17h, com intervalo para almoço, durante três dias. Isso é treinamento básico. Primeiro dia: o que é ouvir? O primeiro dia é inteiramente dedicado ao tema da escuta. “O que é a escuta empática? Como as palavras e emoções nos ajudam a entender e reconhecer o que a pessoa está vivenciando? O primeiro passo é simplesmente ouvir. Depois, a gente se aprofunda no assunto para entender como aprender a arte de curar”, diz o pastor. Por exemplo, trabalhamos em verbatim. Uma espécie de transcrição anônima, em forma de linguagem direta e com total respeito à privacidade das pessoas envolvidas, de uma visita pastoral efetivamente realizada. A situação é relida, reproduzida, analisada. “Proponho 7 casos – diz Sergio Manna -. Em cada um deles, há uma pessoa dizendo uma determinada frase. Portanto, convido você a discutir o que essa pessoa está dizendo e sentindo, trabalhamos cada palavra, tentando parafrasear e devolver o conteúdo emocional. A segunda parte do exercício consiste em escolher, com base na sua própria interpretação, o que pode dizer à pessoa em questão. Proponho respostas possíveis, que são muitas. Se nenhuma das frases for convincente, peço que outras sejam propostas”. Pontualmente, Manna nos conta novamente, “acontece que quem participa do curso se identifica com a situação em questão e responde com base no que sente, ao invés de reconhecer as emoções e palavras da pessoa cujas necessidades estamos analisando” . Um caso clássico é o de uma pessoa que fica zangada porque os filhos não a visitam. Quando perguntado: "Como essa pessoa se sente?" alguns respondem: “ele se sente culpado”. Não, diz Manna, “essa pessoa está com raiva. É uma emoção mais difícil de administrar e reconhecer, mas na verdade é raiva. Devemos entender que a raiva é uma das emoções básicas dos seres humanos e devemos tentar descobrir o que fazer com ela. Tenha raiva e não peque, diz o apóstolo Paulo, como que para nos lembrar que essa emoção não deve ser reprimida, mas controlada”. Segundo dia: diagnóstico pastoral e espiritual O segundo dia de formação centra-se no tema do diagnóstico: “Todo mundo fala de pastoral e de cuidado espiritual, mas quase ninguém fala de diagnóstico, pastoral ou espiritual. Eu trabalho neste conceito porque é uma coisa muito importante. Tudo bem se um médico nos desse uma cura sem fazer um diagnóstico? Não. A mesma coisa vale no cuidado das almas”, afirma o pároco. São referidos dois modelos, um dos quais desenvolvido pela psicóloga Paul Willem Pruyser em meados dos anos 70. Pruyser, autor entre outras coisas do livro “O ministro como diagnosticador”, fala de pastores e sacerdotes em um “novo cativeiro babilônico”, retomando a linguagem de Lutero. “O risco é de imitar as línguas. Algumas variáveis ​​têm como conotação termos que derivam da espiritualidade, com origem bem mais antiga que o nascimento da psicanálise e da psiquiatria – argumenta Manna -. Alguns psiquiatras tratam a questão da fé como se pertencesse a uma patologia. Em um registro médico de um paciente que pode ter revelado sua fé, observou-se que este paciente tinha 'a estranha fantasia' de que Jesus era seu 'salvador pessoal'. Os psiquiatras subestimam a contribuição positiva da fé no processo de cura, assim como os capelães às vezes não levam suficientemente a sério os aspectos psicológicos". Outro elemento importante do curso é representado pela análise das ferramentas de cuidado. Ferramentas de cuidado que são “nossas e dos pacientes – especifica o pároco -. Recursos espirituais, orações, leituras, escrituras. E muitos outros, que talvez pertençam a um universo religioso que não é necessariamente o meu, por exemplo os ícones para um crente ortodoxo, mas que devem ser valorizados”. Terceiro dia: cuidado espiritual dos moribundos A terceira parte enfoca o cuidado espiritual dos moribundos, seus familiares e queridos doadores. 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