Imagem retirada de fridaysforfutureitalia.it
Roma (NEV), 13 de abril de 2022 â A Assembleia Nacional Italiana do Sextas-feiras para o Futuro (FFF)movimento estudantil mundial que desde 2018 se organiza pela defesa do meio ambiente, ao lado de figuras como a jovem ativista Greta Thunberg.
A igreja batista da via dei Bastioni, em Civitavecchia, desempenhou um papel importante na organização e apoio da assembléia, que reuniu cerca de 100 jovens de toda a Itålia. Juntamente com os batistas, Arch e a Igreja dos Salesianos também os acolheram.
Na via dei Bastioni, o Batista nos diz Maria Elena Lacquaniti, 20 meninos e meninas foram acolhidos. Com mochilas, sacos-cama e esteiras, estes jovens animaram as salas habitualmente dedicadas Ă catequese e outras atividades da igreja.
âEsses meninos sĂŁo uma alegria, lindos nĂŁo sĂł porque sĂŁo jovens, mas porque sĂŁo simples, com uma beleza natural â diz Lacquaniti -. E com sentido de responsabilidade e consciĂȘncia que hipoteca um futuro certamente melhor nas suas mĂŁosâ.
A Assembleia da FFF desenvolveu-se em torno de mesas temĂĄticas sobre ambiente e trabalho, energia, polĂtica, alteraçÔes climĂĄticas. Civitavecchia, explica novamente Lacquaniti, âfoi escolhida porque era um territĂłrio atormentado pela servidĂŁo industrial e turĂstica, com os grandes navios de cruzeiro que insistem na costa. Em 60 anos, a mortalidade por poluição cresceu exponencialmente. AlĂ©m disso, um projeto ambicioso e viĂĄvel que prevĂȘ um avanço industrial com emissĂ”es zero estĂĄ atualmente pendente no MinistĂ©rio da IndĂșstriaâ.
Parques eĂłlicos offshore (ou seja, usinas construĂdas offshore que exploram a energia eĂłlica) seriam capazes de absorver a produção da usina a carvĂŁo de Torrevaldaliga Nord (TVN). Sua transformação, diz Lacquaniti, daria trabalho e sobretudo ajudaria a reter os jovens na regiĂŁo. âTrata-se de 'ambientalizar' o porto, com uma nova concepção de logĂstica. Tudo isso, nos ensinam os jovens da FFF, levaria a sair da precariedade e do cĂąncerâ.
A Assembleia reafirma essencialmente que âo futuro do planeta Ă© protegido pela combinação entre meio ambiente e trabalho. E pela primeira vez a Civitavecchia estĂĄ totalmente envolvida, atravĂ©s dos trabalhadores dos setores mais exigentesâ, relata novamente Lacquaniti.
Ele tambĂ©m participou das obras Stephanie Barça, professor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal), online. âA chantagem ocupacional por 40 anos bloqueou tanto os movimentos operĂĄrios quanto os ecologistas â disse o estudioso -. Enquanto a transição energĂ©tica, com o envolvimento de todas as partes, conduz Ă saĂda do isolamentoâ. Renato Di Nicola, da Campanha "Pelo clima, fora do fĂłssil!" em vez disso, falou de modalidades e de novos objetivos comuns. Dentre elas, o envolvimento dos trabalhadores em todos os movimentos ambientalistas. Cooperação entre os movimentos. A transição energĂ©tica, que se entende como âuma revoluçãoâ, e a mudança, que âdeve ser programada diariamente e individualmente. O sistema nĂŁo muda o sistemaâ, disse Di Nicola. E, novamente, a responsabilidade individual e um empurrĂŁo de baixo sĂŁo necessĂĄrios para sair do fĂłssil. Entre as propostas, tambĂ©m uma coleta de assinaturas para contestar o aumento das concessionĂĄrias de aquecimento e eletricidade. E a dissolução em massa de contratos com gerentes de fĂłsseis. A este respeito, alerta o ativista, âestamos Ă espera que um gestor sĂ©rio intervenha nesta matĂ©ria, caso contrĂĄrio sĂł corremos o risco de haver sempre o fĂłssil por trĂĄs do gestor verdeâ. Por fim, Ă© preciso "começar a pensar seriamente que todo condomĂnio, escritĂłrio, atividade comercial, agrĂcola - e tambĂ©m toda igreja, todo templo, todo local de culto, acrescenta Lacquaniti juntando-se Ă voz de Di Nicola - pode ser produtor de energia".
Foto MEL / Igreja Batista de Civitavecchia
Os trĂȘs dias terminaram com uma assembleia plenĂĄria, a que se seguiu a procissĂŁo da cidade que desde o parque da ResistĂȘncia chegou ao centro da cidade. âEntre cantos, palavras de ordem, mĂșsica, danças, tambĂ©m nĂłs da igreja batista marchamos com uma bandeira levada pelos adultos e outra pelas crianças da escola dominical. Parece-me que esses jovens representaram bem o futuro que Renato Di Nicola pede para visualizar para realizĂĄ-lo em suas vidas, escolhas e esperançasâ, conclui Maria Elena Lacquaniti.
O documento final serĂĄ divulgado no site da FFF nos prĂłximos dias.
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