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Roma (NEV), 18 de maio de 2023 - āTalvez tenhamos desclassificado o reparo da CriaĆ§Ć£o como uma moda passageira, em vez de pensar constante e ativamente sobre o que podemos fazer como crentes, devemos ser responsĆ”veis āācomo parte de um mundo interconectado. Um rio transbordante nĆ£o deveria ser uma calamidade, sempre existiram, atĆ© a BĆblia fala disso (IsaĆas - 66, 12) e ao contrĆ”rio se torna um problema porque os assentamentos humanos foram alĆ©m da CriaĆ§Ć£oā. A pastora valdense diz isso de Bolonha Giuseppina Bagnatopoucas horas depois dos acontecimentos que atingiram a Emilia Romagna.
Entre a noite e a manhĆ£, na provĆncia de Ravenna, Lugo e Cervia foram inundados. Ainda dezenas de estradas fechadas ou danificadas por deslizamentos de terra ou inundaƧƵes. Milhares de pessoas evacuadas. Mais inundaƧƵes na zona de Ravenna, um metro de Ć”gua no centro histĆ³rico de Lugo.
Ā«Devemos centrar a atenĆ§Ć£o na relaĆ§Ć£o a que somos chamados como crentes - continua o pĆ”roco da comunidade metodista e valdense que conta com cerca de 100 pessoas, entre Bolonha e a provĆncia de Modena -, com todos os sĆŗbditos, leigos, crentes e nĆ£o -crentes, para construir projetos que possam melhorar os territĆ³rios e as cidades em que vivemos. Somos chamados a fazĆŖ-lo, como Igrejas, desde baixo, porque a Igreja deve ser profĆ©tica e por isso Ć© necessĆ”rio agir pessoalmente, esperando uma mudanƧa ainda mais ampla, āacimaā, naqueles que fazem escolhas polĆticasā. Na capital da EmĆlia, a situaĆ§Ć£o parece estar sob controle, āos maiores problemas nĆ£o estĆ£o apenas na Romagna, mas tambĆ©m nas provĆncias, nas aldeias das colinasā.
O pastor valdense Alexandre Esposito, em Rimini hĆ” pouco menos de dois anos, fala de uma situaĆ§Ć£o pouco grave na cidade, mas "estamos nos organizando com outras entidades para ajudar os feridos e as pessoas que vivem nos centros mais afetados. Aproveito para agradecer a todos os socorristas e a todos os que estĆ£o a fazer o seu melhor para apoiar a populaĆ§Ć£o. Como igrejas, estamos Ć disposiĆ§Ć£o de todos os necessitados". Mesmo para ele, porĆ©m, Ć© preciso entender e refletir sobre ānossa falta de atenĆ§Ć£oā, como cidadĆ£os, para com a emergĆŖncia climĆ”tica.
Na zona mais afectada pelas chuvas, a de Cesena, "a situaĆ§Ć£o Ć© caĆ³tica e muito difĆcil, estamos a tentar ajudar as famĆlias em dificuldade, a dar a mĆ£o como podemos", afirma Nicodemos Fabiano, pĆ”roco da Igreja EvangĆ©lica Batista de Cesena e Rimini. āEm ForlƬ, as instalaƧƵes da igreja evangĆ©lica sĆ£o invadidas por um metro de Ć”gua. AtĆ© na minha casa a chuva causou estragos. Agora Ć© preciso rezar pela cidade, pelas vĆtimas destes diasā. O nĆŗmero de mortos subiu para nove nas Ćŗltimas horas. 10 mil deslocados, segundo estimativa do governador da regiĆ£o da Emilia Romagna Stefano Bonaccini. E os prejuĆzos ā dirĆamos de alguns bilhƵes ā ainda nĆ£o foram contabilizados.
Hoje em Ferrara o sol brilha, mas "as pessoas estĆ£o com medo, devemos responder tambĆ©m a esta necessidade: o medo das pessoas", explica o pĆ”roco batista Emmanuel Casalino da cidade Este. Para isso, talvez, precisemos de uma maior consciĆŖncia ou, pelo menos, da vontade de āchamar as coisas pelo nomeā. āĆ inĆŗtil falar de chuva ā conclui o pĆ”roco, que tambĆ©m segue a comunidade de Livorno -: o que aconteceu diz respeito Ć s mudanƧas climĆ”ticas, ao consumo do solo, Ć s construƧƵes excessivas. Deve nos fazer pensar: agora Ć© a hora de agir, devemos almejar a transiĆ§Ć£o ecolĆ³gica, imediatamenteā.
As duas guias a seguir alteram o conteĆŗdo abaixo.
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