#Locarno76. O júri ecumênico premia “Patagônia” de Simone Bozzelli
“Todos nós sabemos quem são Greta Garbo, Humphrey Bogart e Meryl Streep, porque nos lembramos mais dos rostos de atores e atrizes do que de diretores. Nós diretores, sem eles, capazes de desnudar a alma, não somos nada”. É o que diz o realizador húngaro e vencedor do Óscar István Szabó (85), depois de ter recebido o Prémio Honorário do Júri Ecuménico do Festival de Cinema de Locarno. O grande realizador tinha inicialmente prometido a si próprio não intervir, mas após as intervenções do director artístico do Festival, Jonah A. Nazzaroda pastora Rita Famosapresidente da Igreja Evangélica Reformada Suíça e da Irene Glatzco-presidente da INTERFILM, Szabó quis homenagear antes de tudo os atores e atrizes, que são capazes de transmitir emoções reais da tela grande.
Giona A. Nazzaro, na ocasião, lembrou a importância do trabalho realizado pelos júris ecumênicos, definindo-o inclusive como “vital” para o Festival, porque nos obriga a refletir sobre os valores que nos unem. Rita Famos, por seu lado, quis agradecer Marco Solaripresidente cessante do Festival, pelo incansável apoio ao júri ecumênico, lembrando que em 23 anos de atividade sempre participou das celebrações ecumênicas dominicais promovidas por ocasião do Festival pela comunidade trabalhadora das igrejas cristãs do Ticino.
A Associação de Cinema Protestante “Roberto Sbaffi” também faz parte da INTERFILM, parceira italiana desta entidade, que reúne delegados de associações cinematográficas protestantes da Europa, mas também ortodoxas, anglicanas e judias. Em colaboração com o parceiro católico SIGNIS, a INTERFILM seleciona os júris ecumênicos nos festivais de cinema mais importantes, como Cannes, Montreal, Moscou, Leipzig, Berlim, Locarno. (Em Veneza, os júris da SIGNIS e da INTERFILM são separados).
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