Trieste, escrita anti-semita, solidariedade dos protestantes com a comunidade judaica

Trieste, escrita anti-semita, solidariedade dos protestantes com a comunidade judaica

O interior da sinagoga Fasanenstrasse em Berlim, devastada na Kristallnacht

Roma (NEV), 10 de novembro de 2022 – “Que vergonha para quem fez isso. Total solidariedade da Igreja Metodista e da Igreja Valdense de Trieste aos amigos da Comunidade Judaica”. O pastor escreve no twitter Pedro Ciaccio, membro do Conselho da Federação das Igrejas Evangélicas da Itália, após a notícia de uma inscrição racista e antissemita na porta da sinagoga da capital friulana. Episódio vândalo que cai no aniversário da Noite do Cristal, onda de violentos pogroms antissemitas ocorridos na noite entre 9 e 10 de novembro de 1938.

“O despertar que tivemos esta manhã desperta raiva e consternação”, disse um República o presidente da comunidade judaica de Trieste Alexander Thessaloniki. “Iniciamos imediatamente o episódio na Central de Polícia. Entre outras coisas, este episódio ocorreu no trágico aniversário da ‘Noite dos Cristais’, com a sinagoga tendo suas luzes acesas em sinal de memória”.

Condenação firme também das instituições. “Estou próximo da comunidade judaica de Trieste e espero que os responsáveis ​​por um ato que considero indescritível sejam rapidamente identificados. São ações que não podem ficar impunes”, comentou o subsecretário de Economia Sandra Savino.


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O outro presente foi a oportunidade de ir a Molo Favaloro durante um desembarque e ver com os meus próprios olhos qual é a situação, nos momentos de desembarque, que considero bastante desumana e desumanizante para quem chega do Mediterrâneo, para além dos voluntários e operadores presentes, que fazem o possível para receber os migrantes com um sorriso. Tocar esses tipos de fatos com as próprias mãos é algo diferente de vê-los na TV, porque de alguma forma agora estamos viciados, infelizmente, na visão de imagens desumanas. Também estive várias vezes na chegada dos corredores humanitários. Cada vez que chega um grupo do Líbano eu me emociono. É certamente uma experiência diferente da ligeiramente angustiante de quem tenta acolher quem chega de barco, porque os beneficiários dos corredores humanitários são pessoas que chegam sorridentes, com as suas bagagens, mas é sempre uma experiência forte estar confrontado com a felicidade de quem conseguiu escapar de onde precisava escapar. Portanto, esta experiência que pude fazer em Lampedusa, há algumas semanas, no final do meu mandato, é uma confirmação do que temos tentado fazer como federação, não só pelos corredores humanitários, por todas as outras formas de testemunho envolvendo os migrantes: da Casa delle Culture de Scicli a Rosarno, até Bihac na Bósnia, no Líbano... Testemunhando nossa fé nas fronteiras. Quanto aos momentos mais difíceis, para mim coube a jovens e velhos - operadores que trabalham em contextos muito difíceis - que se gastam nesta frente que por vezes faz tremer os pulsos. Um dos conceitos-chave de seu mandato é o tema bíblico da filoxenia, o amor aos estrangeiros. Você acha que ainda é atual? Um dos textos bíblicos que mais tenho utilizado nos últimos anos é a parábola do bom samaritano (Lc 10, 25-37). Há um elemento que me está muito próximo do coração e é o facto de o Bom Samaritano levar este homem ferido que está a ajudar para uma hospedaria, pandocheionum lugar "que acolhe a todos": esta é a igreja, um lugar que deve acolher a todos. Depois, há o tema da filoxenia, da carta aos judeus, aquela hospitalidade - alguns sem saber que receberam anjos - que é literalmente o amor pelo xenos, do qual fala o capítulo 13 da Carta aos Hebreus no Novo Testamento e que traz bênção. Uma palavra oposta à xenofobia de Sodoma (Gênesis 18) que leva à morte, onde o pecado não é a homossexualidade, como se pensa, mas a falta de hospitalidade. Acho que devemos redescobrir essas páginas bíblicas. Os populistas, os xenófobos, os que incitam o ódio aos estrangeiros, estão verdadeiramente numa encruzilhada: o caminho da bênção e o da maldição. Como você avalia o trabalho que tem feito junto ao Conselho e às igrejas federadas? 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Otimizado por Lucas Ferraz.