Oito para cada mil valdenses, cada vez mais pedidos de jovens e cultura
No total, foram apresentadas 4914 candidaturas, das quais 961 no estrangeiro e 3953 em Itália (haviam sido 3573 em 2020).
“Os números de 2021 nos dizem que o terceiro setor está preocupado com os efeitos da pandemia, com razão”, afirma. Manuela Vinaychefe do escritório Otto per mille das igrejas valdense e metodista.
No que diz respeito à Itália, os projetos de combate à pobreza também crescem há dois anos: são 420 em 2021, enquanto em 2020 eram 339. Ainda com referência aos últimos dois anos, os projetos de combate à violência de gênero e os para idosos.
Mais de 700, como também aconteceu em 2020, candidaturas a intervenções relativas a pessoas com deficiência (que são o segundo maior setor, em número de pedidos apresentados, a seguir aos jovens).
Por outro lado, os pedidos de acolhimento e inclusão de migrantes têm apresentado uma evolução negativa nos últimos dois anos: 344 em 2019, 294 no ano passado e 276 hoje. O mesmo vale para os projetos – 124 este ano, 147 no ano passado – em presídios. Por fim, as iniciativas para o meio ambiente estão estáveis: de 107 no ano passado para 133 em 2021 (mas em 2019 haviam sido “apenas” 58).
No estrangeiro, porém, a educação (173 candidaturas) e as intervenções de saúde e proteção da saúde (155) são as duas áreas de maior interesse.
“A pandemia tem um efeito direto nos pedidos de financiamento que recebemos – diz Vinay -. Com o pedido de desembolso de fundos encerrado em 2021, o número de solicitações aumenta, como dissemos, chegando a quase 5.000, cerca de 4.000 dos quais para projetos a serem realizados na Itália e quase mil no exterior. Em nossa opinião, o aumento de projetos voltados para crianças e adolescentes, de combate à pobreza, de saúde e de promoção de atividades culturais reflete os efeitos sociais da pandemia. Nesta tendência – continua Vinay – encontramos uma atitude de confiança cada vez maior no sistema de gestão de recursos Otto per mille adotado pelas igrejas valdenses e metodistas. Sistema que, como se sabe, exclui a possibilidade de financiamento das atividades religiosas e a elas ligadas, mas destina a totalidade do seu valor a programas sociais, culturais e de cooperação. Os fundos disponíveis em 2021 – conclui o responsável do gabinete Otto per mille – ascendem a cerca de 40 milhões de euros que queremos ‘devolver’ à sociedade civil, àquele tecido de entidades, comunidades religiosas e seculares, associações que, neste saúde de emergência e assistência social, realizam um trabalho precioso de cuidado e apoio, que chega também às pessoas mais solitárias, marginalizadas e invisíveis”.
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