Bouchard.  As condolĂȘncias das igrejas pentecostais

Bouchard. As condolĂȘncias das igrejas pentecostais

Roma (NEV), 29 de julho de 2020 – O presidente da Federação das Igrejas Pentecostais, pĂĄroco carmim napolitanoenviado ao pĂĄroco Luca Maria Negrocomo representante da Federação das Igrejas Protestantes da ItĂĄlia (FCEI), uma mensagem de “proximidade fraterna e amiga” depois de saber da morte do pĂĄroco George Bouchard.

No texto da carta, Napolitano recorda a “presença multifacetada no mundo evangĂ©lico (de Giorgio Bouchard) e as vĂĄrias funçÔes desempenhadas ao mais alto nĂ­vel, incluindo as de gestĂŁo (que) muitas vezes o colocam em contacto com o mundo pentecostal para o qual, ao longo tempo, ele teve uma abertura significativa ao encorajar colaboraçÔes operacionais com o mundo reformado”.

“Com ele desaparece um protagonista da vida evangĂ©lica de nosso paĂ­s entre os mais comprometidos em termos de diĂĄlogo social e polĂ­tico – escreveu Napolitano – certamente deixando um vazio, mas tambĂ©m um exemplo que o consigna Ă  histĂłria com emoção e afeto”.

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“Desenvolvendo uma religião de liberdade”

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Detalhe da capa do livro "Os pentecostais na ItĂĄlia. Leituras, perspectivas, experiĂȘncias", editado por Carmine Napolitano para as ediçÔes Claudiana - Roma (NEV), 6 de março de 2023 – Terceiro episĂłdio do Especial liberdade religiosa da AgĂȘncia NEV, para retomar os temas da conferĂȘncia "Pluralismo religioso, fundamentalismos, democracias” realizada recentemente em Roma. A conferĂȘncia foi promovida pela Fundação Lelio e Lisli Basso, o Centro de Estudos e RevisĂŁo Confronti, a Biblioteca Legal Central, a revista Questione Giustizia e a Federação das Igrejas Protestantes da ItĂĄlia (FCEI). ApĂłs as primeiras entrevistas, um Paulo Naso estĂĄ em Ilaria ValenziĂ© a vez do presidente Federação das Igrejas Pentecostais (FCP), pĂĄroco carmim napolitano. Na conferĂȘncia "Pluralismo religioso, fundamentalismos, democracias”, realizada recentemente em Roma, falou-se da liberdade religiosa como questĂŁo cultural. O que vocĂȘ acha? Acredito que a liberdade religiosa na ItĂĄlia sempre foi principalmente uma questĂŁo cultural. Em nosso paĂ­s, Ă© muito difĂ­cil imaginar formas de cultura e prĂĄtica religiosa diferentes da maioria e mesmo quando isso Ă© reconhecido, a confissĂŁo religiosa majoritĂĄria Ă© considerada como parĂąmetro de avaliação jurĂ­dica inclusive das demais confissĂ”es religiosas. A conferĂȘncia destacou como Ă© complicado, em todos os nĂ­veis, chamar a atenção polĂ­tica e cultural para o pluralismo religioso que jĂĄ constitui um fato vivenciado diariamente em diferentes contextos, como escolas; e isso favorece um sĂ©rio atraso tambĂ©m na aplicação da legislação ligada ao direito Ă  liberdade religiosa, apesar das amplas e claras disposiçÔes constitucionais. Os meios de comunicação de massa e as academias correm o risco de retratar os fenĂŽmenos religiosos de maneira superficial ou abstrata ou, em todo caso, distante da realidade? Por que, na sua opiniĂŁo? Exatamente pelos motivos citados. A defasagem cultural na compreensĂŁo e legitimação da diversidade religiosa produz desinteresse e estrabismo na leitura do pluralismo religioso. VocĂȘ acha que em um artigo cientĂ­fico de um ano atrĂĄs em uma renomada revista jurĂ­dica eu li que Lutero era um heresiarca! E em um manual de histĂłria moderna ler que o princĂ­pio da cuius regio eius et religio sancionado com a paz de Augusta em 1555 deve ser considerado o primeiro ato jurĂ­dico de liberdade religiosa na Europa moderna. Se essas mensagens sĂŁo transmitidas nas universidades onde se formam as classes dominantes, o que queremos esperar que digam os alunos que ouviram essas coisas quando se tornarem operadores dos meios de comunicação de massa ou divulgadores cientĂ­ficos e culturais? Em suma, muitas vezes falta uma abordagem sĂ©ria e qualificada para a leitura do pluralismo religioso e acabamos falando dele por boatos, por slogans e usando terminologia ultrapassada e ofensiva. Quantas comunidades a Federação das Igrejas Pentecostais representa? Atualmente existem mais de 400 comunidades locais ligadas Ă  Federação por diversos motivos; muitos deles fazem parte de redes nacionais e algumas dessas redes tambĂ©m tĂȘm reconhecimento legal. Mas a Federação representa apenas uma parte do mundo pentecostal na ItĂĄlia, que Ă© muito mais amplo e estima-se que cerca de 500.000 pessoas adiram a ela, se levarmos em conta tambĂ©m as comunidades formadas por imigrantes. Que tipo de dificuldades as Igrejas pentecostais encontram para professar sua fĂ©, do ponto de vista jurĂ­dico e prĂĄtico? Na ItĂĄlia sempre houve um 'caso pentecostal' quando se tratava de medir a profundidade ou o progresso da liberdade religiosa. Os pentecostais foram uma 'chance' quando tiveram que enfrentar o regime fascista em uma luta desigual e solitĂĄria; foram quando, depois da guerra, tiveram que sofrer a discriminação dos primeiros governos republicanos, fornecendo muito material para a batalha relativa Ă  liberdade religiosa que naqueles anos era travada nos meios de comunicação, nos tribunais e no Parlamento; sĂŁo hoje porque nĂŁo conseguem ver reconhecida a sua pluralidade e diversidade. Em suma, Ă© difĂ­cil compreender a sua articulação mĂșltipla Se considerarmos a vastidĂŁo do movimento, a sua difusĂŁo pelo mundo e a pluralidade de experiĂȘncias eclesiais anteriores que nele convergiram dada a sua transversalidade como movimento de despertar, compreendemos que configura-se como um mundo variado de grupos, organizaçÔes e sujeitos eclesiais que deram vida a um denominacionalismo pentecostal especĂ­fico; neste mundo existem referĂȘncias culturais e teolĂłgicas homogĂȘneas, mas tambĂ©m posiçÔes Ă s vezes marcadamente diferentes umas das outras. E tudo isso nĂŁo Ă© superado pelo fato de algumas organizaçÔes pentecostais tambĂ©m terem conquistado reconhecimentos jurĂ­dicos de outros perfis; porque hĂĄ muitos mais esperando. O que vocĂȘ sugeriria Ă  polĂ­tica para ampliar o horizonte da liberdade religiosa na ItĂĄlia, especialmente diante do que Paolo Naso chama de “polĂ­tico” dos “tempos que nĂŁo estĂŁo maduros” e das “outras prioridades”? Concordo plenamente com a anĂĄlise de Paolo Naso; a polĂ­tica estĂĄ terrivelmente atrasada em relação aos desafios e exigĂȘncias do pluralismo religioso neste paĂ­s, tanto em termos quantitativos (jĂĄ somos 10% da população que professa uma fĂ© religiosa diferente da maioria) como em termos de qualidade, dado o recente a pesquisa realizada por Naso juntamente com outros na Lombardia sobre a relação entre imigração e locais de culto leva a considerar as comunidades religiosas como capital social. Mas o despreparo da polĂ­tica diante dessas mudanças Ă© desarmante; Ă© urgente lançar mĂŁo de uma lei de liberdade religiosa que seja capaz de implementar adequadamente os princĂ­pios constitucionais sobre a matĂ©ria. Por mais de trinta anos, porĂ©m, esse desejo nĂŁo foi realizado. Acredito que para criar uma norma devemos nos referir a um princĂ­pio e para ter um princĂ­pio devemos nos referir a um valor; em outras palavras: uma lei sobre liberdade religiosa exige a crença no direito Ă  liberdade religiosa e esse direito deve ser fundamentado na concepção da liberdade como um valor. Em suma, a liberdade religiosa sĂł pode ser verdadeiramente concebida e realizada numa sociedade e numa cultura que saibam desenvolver uma religiĂŁo de liberdade. Consulte todos os insights do Especial liberdade religiosa. ...

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#PapalVisit.  Olav Fykse Tveit (CEC): “juntos pela unidade, paz e justiça”

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O SecretĂĄrio Geral do Conselho Mundial de Igrejas Olav Fykse Tveit Genebra (NEV), 20 de junho de 2018 – “A visita de Papa Francisco indica que a Igreja CatĂłlica Romana reconhece e encoraja o diĂĄlogo entre Genebra e Roma e aprecia a colaboração ecumĂȘnica que existe em nĂ­vel nacional e local”, disse o pastor luterano Olav Fykse Tveit, secretĂĄrio-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), em uma recente entrevista com CSR editada por Paulo Tognina. AlĂ©m disso, Tveit sublinhou: “a Igreja CatĂłlica Romana e o ConcĂ­lio EcumĂȘnico tĂȘm uma agenda que inclui muitos pontos em comum. E queremos reiterar isso, juntos, dirigindo-nos ao mundo e Ă s nossas igrejas”. Formas de colaboração entre o Vaticano e o CMI existem hĂĄ cinquenta anos, desde o ConcĂ­lio Vaticano II. “Queremos dar visibilidade aos esforços feitos por muitas igrejas ao redor do mundo em favor da unidade entre os cristĂŁos e pela justiça e paz no mundo”. Os campos de colaboração sĂŁo numerosos. Tveit, aos microfones do CSR, enumera-os da seguinte forma: "Reflictamos juntos, por exemplo, sobre as tarefas e a missĂŁo da Igreja num mundo secularizado, sofredor e dividido - em Março passado organizĂĄmos uma grande conferĂȘncia sobre missĂŁo, para todas as igrejas cristĂŁs, na África, na TanzĂąnia. Trabalhamos juntos no campo do diĂĄlogo inter-religioso, com outras comunidades de fĂ©. Estamos empenhados, juntos, em abordar a questĂŁo da migração e em particular a dos refugiados, que acreditamos ser um grande desafio para as igrejas na Europa, como em outras partes do mundo. O ConcĂ­lio EcumĂȘnico e a Igreja CatĂłlica Romana estĂŁo tentando juntos responder ao problema da mudança climĂĄtica, intervimos juntos em ĂĄreas de conflito para promover a paz”. Mas Tveit lembra que “a visita do Papa nĂŁo serĂĄ principalmente uma ocasiĂŁo para abrir negociaçÔes, mas terĂĄ o objetivo de estreitar nossos laços, rezar juntos, compartilhar nossas preocupaçÔes e reafirmar nosso compromisso comum”. Quando questionado sobre a natureza do “clima ecumĂȘnico”, Tveit respondeu: “Acredito que a eleição de Francisco trouxe uma primavera, senĂŁo mesmo um verĂŁo, para as relaçÔes ecumĂȘnicas. E Ă© sobre como cooperamos e resolvemos muitos problemas juntos. Francisco reiterou a necessidade de mostrar de maneira concreta a unidade dos cristĂŁos, colocando-nos juntos a serviço dos necessitados do mundo. Essa atitude tem possibilitado muitos projetos comuns”. Para a entrevista completa clique aqui. Para mais detalhes sobre a visita papal a Genebra, clique aqui. O que Ă© o Conselho Mundial de Igrejas? Como Ă© estruturado, quem o governa e como? Qual Ă© a histĂłria do movimento ecumĂȘnico? Mas sobretudo: quais sĂŁo as relaçÔes entre o Vaticano e o ConcĂ­lio EcumĂȘnico das Igrejas? Para mais informaçÔes clique aqui. ...

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Pluralismo religioso na ItĂĄlia

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Roma (NEV), 5 de dezembro de 2022 – 4,2% das pessoas manifestam uma identidade religiosa diferente da catĂłlica na ItĂĄlia. É o que afirma o relatĂłrio "ReligiĂ”es na ItĂĄlia", projeto organizado pelo CESNUR - Centro de Estudos das Novas ReligiĂ”es, sob a direção de Massimo Introvigne E Pier Luigi Zoccatelli. “Muito mais incertas - e fonte de debates interminĂĄveis ​​e politicamente condicionados - sĂŁo as estatĂ­sticas sobre as minorias religiosas presentes na ĂĄrea se considerarmos tambĂ©m os imigrantes nĂŁo cidadĂŁos - presença que decuplicou nos Ășltimos 25 anos - e nĂŁo apenas os cidadĂŁos italianos. A cifra pressuporia ainda a possibilidade de se ter dados fiĂĄveis ​​sobre a imigração irregular – actualmente estimada entre 500.000 e 600.000 unidades – o que Ă© notoriamente muito difĂ­cil”, lĂȘ-se no texto. A publicação parte dos dados do relatĂłrio anual editado pelo Centro de Estudos e Investigação IDOS em colaboração com o Centro de Estudos Confronti e o “S. Pio V", que atingiu sua trigĂ©sima segunda edição em 2022. No texto, entre outras contribuiçÔes, tambĂ©m um ensaio sobre o tema do pluralismo religioso, editado pelo professor Paulo Nasso. Em particular, de acordo com a estimativa do DossiĂȘ EstatĂ­stico de Imigração 2022, tambĂ©m no decorrer de 2022, assim como em anos anteriores, a maioria (desde 2022 nĂŁo mais absoluta) dos residentes estrangeiros na ItĂĄlia - somando ortodoxos, catĂłlicos, protestantes e membros de outras comunidades - Ă© cristĂŁ (2.583.000 pessoas, igual para 49,9%), seguido por uma minoria islĂąmica substancial, que representa um terço dos estrangeiros. O restante das filiaçÔes religiosas totaliza 15,9% dos estrangeiros residentes na ItĂĄlia - entre os quais deve ser considerado separadamente um terço do subconjunto, que se enquadra na categoria de "ateus ou agnĂłsticos" -, divididos em macroĂĄreas distintas. Atualmente, as estimativas do relatĂłrio do IDOS nĂŁo contabilizam a presença de imigrantes sikhs na ItĂĄlia, que segundo outros relatĂłrios de pesquisa totalizam cerca de 98 mil residentes em 2022, alĂ©m dos que adquiriram a cidadania. ...

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Otimizado por Lucas Ferraz.