Genebra-Augusta-Roma.  “ResistĂȘncia ecumĂȘnica” a caminho

Genebra-Augusta-Roma. “ResistĂȘncia ecumĂȘnica” a caminho

Foto Pixabay

Roma (NEV), 6 de setembro de 2018 – A reuniĂŁo de cinco dias do Joint Ecumenical Working Group (JWG), um catalisador para o diĂĄlogo, nĂŁo apenas teolĂłgico, entre o Conselho Mundial de Igrejas (CEC) e a Igreja CatĂłlica Romana, nasceu em 53 anos atrĂĄs como um dos primeiros frutos do ConcĂ­lio Vaticano II. Poucas semanas depois da #VisitaPapal de Francisco ao CMI de Genebra, portanto, uma nova etapa de unidade e colaboração entre diferentes denominaçÔes e confissĂ”es cristĂŁs, em perspectivas de futuro que dizem respeito nĂŁo apenas aos aspectos espirituais e de oração, mas tambĂ©m ao compromisso social e civil.

“Continuamos neste caminho porque temos uma tarefa importante, que Ă© unir forças para fazer muito mais pelos necessitados”, afirmou o secretĂĄrio geral do CMI, pĂĄroco Olav Fykse Tveit. Palavras fortes chegaram, conforme relatado no twitter por Odair Pedroso Mateusdiretor da comissĂŁo FĂ© e Constituição do CMI, pelo bispo luterano Heinrich Bedford-Strohm, presidente da Igreja EvangĂ©lica na Alemanha (EKD). “Vamos nos unir em uma resistĂȘncia ecumĂȘnica Ă s polĂ­ticas de identidade que desvalorizam os outros”, disse Bedford-Strohm, que tambĂ©m destacou o valor da Reforma e do legado luterano como uma “grande experiĂȘncia que abriu portas e coraçÔes e aumentou as amizades entre cristĂŁos de diferentes tradiçÔes”. O pastor presbiteriano americano Robina Marie Winbush, que falou ao JWG, disse: “A divisĂŁo ecumĂȘnica nos Estados Unidos hoje nĂŁo Ă© tanto confessional quanto polĂ­tico-racial”. O Grupo de Trabalho EcumĂȘnico, moderado pelo Metropolita Ortodoxo Nifon Mihăița de Targoviste (RomĂȘnia) e pelo arcebispo catĂłlico Diarmuid Martin de Dublin (Irlanda), estĂĄ redigindo dois documentos sobre a construção da paz e a pastoral dos refugiados e migrantes, com a colaboração de especialistas do DicastĂ©rio vaticano para a promoção do desenvolvimento humano integral e do PontifĂ­cio Conselho para o diĂĄlogo inter-religioso.

Entretanto, decorrem os preparativos para outra importante etapa ecumĂ©nica, nomeadamente a conferĂȘncia mundial sobre xenofobia, racismo e nacionalismo populista (Roma, de 18 a 20 de setembro), que envolve o Conselho Mundial das Igrejas, o DicastĂ©rio Vaticano e o PontifĂ­cio Conselho. Entre os convidados, o pĂĄroco da Federação das Igrejas EvangĂ©licas da ItĂĄlia Luca Maria Negroque recentemente em Novi Sad, SĂ©rvia, durante a Assembleia da ConferĂȘncia das Igrejas Europeias (KEK) opĂŽs a xenofobia dos ‘sodomitas’ de hoje, cujo pecado Ă© o Ăłdio aos estrangeiros, com a filoxenia de AbraĂŁo, mandato bĂ­blico de amizade para com o estrangeiro.

O CMI representa mais de 550 milhÔes de cristãos em todo o mundo com suas 350 igrejas protestantes, ortodoxas, anglicanas e membros independentes.


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#PapalVisit.  Caminhar, orar e trabalhar juntos

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A partir da esquerda, a moderadora do ComitĂȘ Central do CMI, Agnes Abuom, o secretĂĄrio-geral do CMI, Olaf Fykse Tveit, e o Papa Francisco. Foto WWC/Albin Hillert Roma (NEV), 21 de junho de 2018 - "Estamos caminhando, rezando e trabalhando juntos. Caminhamos, oramos e trabalhamos juntos. E vamos caminhar, vamos rezar e vamos trabalhar juntos”. É em torno deste lema - "caminhar, rezar e trabalhar juntos", a que alguns jĂĄ chamam a "trindade ecumĂ©nica" - que o pĂĄroco Olav Fykse TveitsecretĂĄrio-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CEC), abriu o encontro da tarde com o Papa Francisco no Centro EcumĂȘnico de Genebra, no salĂŁo Visser't Hooftdedicado ao primeiro secretĂĄrio geral do CMI. Olav Fykse Tveit e o Papa Francisco. Foto Magnus Aronson “Levamos 70 anos para chegar onde estamos hoje – acrescentou Tveit -. Este dia Ă© um marco. NĂŁo vamos parar por aqui. À medida que compartilhamos cada vez mais hoje, deixemos que as geraçÔes futuras criem novas expressĂ”es de unidade, justiça e paz." Algumas das ĂĄreas concretas nas quais caminhar, orar e trabalhar juntos foram mencionadas por Agnes Abuommoderador do ComitĂȘ Central do CMI, que saudou o Papa Francisco com um "bem-vindo/karibu" em suaĂ­li. “Sua presença Ă© um sinal de esperança e encorajamento”, disse o teĂłlogo anglicano, pensando em quĂŁo decisiva Ă© a colaboração ecumĂȘnica em pontos quentes do mundo como SudĂŁo do Sul, ColĂŽmbia, penĂ­nsula coreana, Burundi e RepĂșblica DemocrĂĄtica do Congo. Um compromisso comum, o do CMI e da Igreja CatĂłlica Romana, que trarĂĄ entre seus frutos a "ConferĂȘncia Mundial contra a xenofobia, o racismo e o nacionalismo populista no contexto da migração global" a ser realizada em Roma em setembro prĂłximo, e que nĂŁo deve excluem outras ĂĄreas, como a violĂȘncia contra as mulheres e os direitos das crianças. TambĂ©m Papa Francisco ele retomou o lema principal do encontro em seu discurso. Caminhar juntos Ă© para o Papa um movimento de entrada que “constantemente nos orienta para o centro”, isto Ă©, para Cristo; e saindo "para as periferias do mundo, para trazer a graça curadora do evangelho a uma humanidade sofredora". Mas caminhar juntos significa tambĂ©m reconhecer o caminho daqueles que nos precederam e tiveram "a coragem de inverter o rumo da histĂłria" rumo Ă  unidade, e nĂŁo Ă  desconfiança e ao medo. Um esclarecimento de grande importĂąncia, se pronunciado por ocasiĂŁo do 70Âș aniversĂĄrio do CMI. “A oração – prosseguiu Francisco – Ă© o oxigĂȘnio do ecumenismo” porque, ao pronunciar o Pai Nosso, reconhecemos tanto nossa “filiação” em relação a Deus quanto nossa “fraternidade” de crentes que sabem amar uns aos outros. Refletindo sobre o que significa trabalhar em conjunto - depois de reiterar a importĂąncia da ComissĂŁo FĂ© e Constituição do CMI para a Igreja CatĂłlica, na qual a parte catĂłlica "pretende continuar a participar com teĂłlogos do mais alto nĂ­vel" - o Papa Francisco indicou a a diaconia como principal via de ação cristĂŁ no mundo. SĂŁo os mais pobres da terra que precisam de “ecumenismo e unidade. NĂŁo podemos ignorar o choro de quem sofre, e Ă© preocupante quando alguns cristĂŁos mostram indiferença para com os necessitados”. ...

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Otimizado por Lucas Ferraz.