Protestantes europeus: livres, conectados, engajados

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Roma (NEV), 5 de setembro de 2018 – “Libertados – conectados – comprometidos”. Estas são as três palavras-chave que acompanharão os trabalhos da VIII Assembleia Geral da Comunhão das Igrejas Protestantes na Europa (CCPE), programada para Basileia (Suíça) de 13 a 18 de setembro próximo.

O encontro trará à cidade suíça representantes de 94 igrejas luteranas, metodistas, reformadas e unidas do continente que discutirão as prioridades futuras do corpo intraprotestante. Entre os temas da agenda: pluralismo religioso na Europa, migração e comunhão eclesial, relações ecumênicas, teologia da diáspora, aprendizagem ao longo da vida. Os documentos que instruem as várias sessões estão disponíveis no site da Assembleia.

O logotipo da Assembleia do CCPE

A escolha da cidade de Basileia não é acidental: com esta Assembleia o CCPE regressa, por assim dizer, a casa. O CCPE nasceu, de fato, em torno da Concórdia assinada em 1973 em Leuenberg, cidade próxima à Basileia, documento que recompôs as divergências doutrinárias que dividiam luteranos e protestantes reformados, sobretudo em torno do entendimento da Ceia do Senhor.

Através do Acordo de Leuenberg, o CCPE é um exemplo de sucesso do ecumenismo da “unidade na diversidade”. As igrejas da comunhão, enquanto permanecem independentes, reconhecem os ministérios, sacramentos e membros da igreja uns dos outros.

Gottfried Locher

Ao longo dos séculos, como recorda o pároco Gottfried Locherpresidente da Federação das Igrejas Protestantes da Suíça (FCES) e membro da Presidência do CCPE, Basileia foi também um “importante centro cosmopolita da Reforma Protestante e do humanismo europeu”, sede de um Concílio (1431-1481), e mais recentemente, e significativamente para o diálogo entre as igrejas de nossos dias, acolheu a Primeira Assembleia Ecumênica Européia em 1989.

A dimensão ecumênica da Assembleia será marcada também pela presença de Andrew Riccardifundador da Comunidade de Sant’Egidio, convidado a proferir uma das principais palestras da sessão.

Da Itália, o pároco estará presente na Assembleia Pawel Gajewskimembro suplente do Conselho do CCPE, e sabina baral para a Igreja Evangélica Valdense, a pastora Mirella Manocchiopresidente da Obra das Igrejas Evangélicas Metodistas na Itália (OPCEMI), e o pároco Heiner Bludaureitor da Igreja Evangélica Luterana na Itália (CELI).

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“Decálogo Social” de Peter Ciaccio, para uma netiqueta pastoral

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Roma (NEV), 11 de dezembro de 2019 Sempre lute contra o mal com o bem e nunca saia do campo de batalha. Verifique se o que você compartilha é verdadeiro. Sempre. Postar imagens violentas não necessariamente gera indignação, mas está se acostumando cada vez mais com a violência. Preste especial atenção ao que diz respeito aos menores. Lembre-se do dia de descanso. Não exploda as pessoas. Não alimente o troll. Qualquer coisa que você disser pode e será usada contra você. Releia antes de postar. Reflita sobre o que você faz. Você não poderá provar que é diferente de como as postagens que você mesmo compartilhou o descrevem. Lembre-se que a Web não esquece. Esses são os "dez mandamentos" para o uso correto das redes sociais propostos pelo pastor Pedro Ciaccio. Uma espécie de netiqueta pastoral, que nos lembra de usar o bom senso, mas também de adotar estratégias prospectivas e responsáveis ​​em uma época em que o discurso de ódio e o uso indevido de palavras correm o risco de causar danos reais. Não é de forma alguma uma dimensão "virtual", segundo Ciaccio, aquela que nos faz passar horas e horas do nosso tempo online, talvez conversando ou comentando, colocando em jogo nossas identidades, nossas emoções e nossos relacionamentos. Em vez disso, é uma dimensão real, que transformou a conversa de bar em um "agorà" onde todos têm o direito de falar, sempre. Ainda bem que o direito à palavra é uma conquista, mas enquanto na dimensão do bar um discurso de ódio pode ficar limitado a algumas vozes e a alguns ouvidos, acabando por vezes no ridículo ou escaramuça, amplificando o seu impacto nos riscos das plataformas web envenenar o diálogo civil e transformar opiniões. A censura, argumenta Ciaccio, é outra coisa, e tem a ver com as ações repressivas de uma autoridade ou de um Estado. Não deve ser confundido com a decisão de moderar e administrar os exércitos descontrolados de trolls que frequentemente invadem sites e nossas páginas pessoais na rede. Os trolls, que roubaram o nome daquelas fofas criaturas dos bosques da mitologia escandinava, têm como único objetivo alimentar um discurso violento, um conflito por si só. Pode ser bom silenciá-los. Concluindo, com citações cinematográficas e digressões entre a antiguidade e a modernidade, Ciaccio sublinhou que "as palavras são importantes". O “novo decálogo” faz parte de uma apresentação compartilhada durante o encontro sobre a comunicação social e seus aspectos éticos intitulado “Social, como muda o sistema de informação” realizado na quinta-feira passada em Roma e promovido pela Federação das Igrejas Evangélicas da Itália (FCEI). A reunião, coordenada pelo secretário do serviço de comunicação da FCEI Gianfranco Carpente e o Secretário Executivo, Pr. Luca Barattotambém contou com a participação do jornalista da Ansa Vancini vitoriano. Entre os presentes e convidados estavam representantes da Mesa Valdense e da Obra pelas Igrejas Evangélicas Metodistas na Itália (OPCEMI), que acolheram a iniciativa, do Exército da Salvação (EdS), da Igreja Evangélica Luterana da Itália (CELI), da da União Cristã Evangélica Batista da Itália (UCEBI) e dos escritórios metodistas e valdenses Otto per mille, além de colegas da comunicação protestante, da agência NEV e da revista Confronti; em conexão skype, as redações de Turim e Nápoles da Riforma e da Rádio Beckwith da Torre Pellice. ...

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Otimizado por Lucas Ferraz.