Mirella Manocchio é a nova presidente da Federação de Mulheres Evangélicas

Mirella Manocchio é a nova presidente da Federação de Mulheres Evangélicas

Saiu a recém-eleita presidente da Federação das Mulheres Evangélicas da Itália (FDEI), a pastora metodista Mirella Manocchio. A pastora batista Gabriela Lio, à direita.

Roma (NEV), 27 de março de 2023 – O pastor metodista Mirella Manocchio ela é a nova presidente da Federação das Mulheres Evangélicas da Itália (FDEI). Manocchio recebe o bastão do pastor batista Gabriela Liopresidente cessante.

A eleição ocorreu no âmbito do XIII Congresso da FDEI que terminou ontem em Florença. Em breve, uma análise aprofundada e a entrevista do NEV com Mirella Manocchio.

Mirella Manocchio é pastora da igreja metodista na via XX Settembre em Roma. Graduado em Ciência Política e Teologia. Ex-presidente da Obra para as Igrejas Evangélicas Metodistas na Itália (OPCEMI), entre suas funções está também a de coordenadora da Comissão Batista, Metodista e Valdense (BMV) para culto e liturgia e membro da Comissão (Metodista e Valdense)” famílias, casamento, casais, parentalidade”.


Nascida em 1976 a partir de um Congresso interdenominacional dos movimentos de mulheres das igrejas batista, metodista e valdense, a Federação das Mulheres Evangélicas da Itália (FDEI) é um movimento de mulheres empenhadas em “dar testemunho da libertação de Cristo para toda criatura humana, com particular referência à condição da mulher na Igreja e na sociedade” (Estatuto, art. 2). Lá FDEI baseia-se no trabalho voluntário e visa levar a reflexão sobre o papel da mulher para as igrejas e estimular a participação da mulher evangélica na vida da igreja e da sociedade.
Em 1998 o FDEI decidiu expandir para outras organizações de mulheres na área evangélica (Luterana, Adventista, Exército de Salvação e Igreja Reformada do Ticino). O órgão de ligação entre os grupos da FDEI é o “News”, publicado a cada três meses como encarte do semanário evangélico “Reforma”. Lá FDEI produz também os “Quaderni”, onde são publicadas as actas das conferências nacionais e regionais e das colónias de férias. Por ocasião da transição do segundo para o terceiro milênio, o FDEI ela elaborou o “Manifesto da Mulher Protestante”, um documento para o diálogo entre mulheres e homens. Em 2000 inaugurou o Arquivo Feminino no arquivo do Centro Cultural de Torre Pellice (Turim).
Por alguns anos o FDEI publica o caderno dos “16 dias de combate à violência”, leituras, reflexões, dados e propostas de ação para cada dia de 25 de novembro, Dia Mundial contra a Discriminação Feminina, a 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos.

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