Agora da religiĆ£o, Tar acolhe apelo

Agora da religiĆ£o, Tar acolhe apelo

Roma (NEV), 31 de julho de 2023 ā€“ Um aluno da quarta sĆ©rie que nĆ£o quer mais frequentar as aulas de religiĆ£o. O nĀŗ da escola que frequenta, em FlorenƧa, motivado pelo calendĆ”rio da apresentaĆ§Ć£o do pedido de inscriĆ§Ć£o no ensino alternativo. E o posterior recurso ao Tribunal Administrativo Regional da Toscana pela famĆ­lia da crianƧa. Tar que dĆ” provimento ao recurso, conforme explica a ediĆ§Ć£o florentina do jornal neste artigo A RepĆŗblicae teria ainda condenado o diretor da escola a pagar trĆŖs mil euros em despesas.

Mas qual Ć© o significado dessa decisĆ£o? NĆ³s perguntamos Ilaria Valenzi, advogado, assessor jurĆ­dico da FederaĆ§Ć£o das Igrejas EvangĆ©licas da ItĆ”lia, que modera a seĆ§Ć£o de estudos da ComissĆ£o de Estudos, DiĆ”logo e IntegraĆ§Ć£o (COSDI) da mesma FederaĆ§Ć£o.

ā€œA decisĆ£o do TAR da Toscana afirma um princĆ­pio cada vez mais forte, confirmando o que jĆ” foi expresso em ocasiƵes anteriores, sempre em relaĆ§Ć£o ao direito de escolha dos alunos e das famĆ­lias: a liberdade religiosa e a liberdade de consciĆŖncia nĆ£o podem ser submetidas a compactaĆ§Ć£o, nem mesmo por motivos organizacionais. Embora as escolas necessitem de saber atempadamente a escolha dos alunos em recorrer ou nĆ£o ao ensino facultativo da religiĆ£o catĆ³lica (IRC) e, por isso, seja estabelecido um prazo de ano para ano para fazer essa escolha, esta nĆ£o pode limitar o direito de mudar de ideia. Da mesma forma, o direito de nĆ£o recorrer ao IRC pode ser exercido ainda que nos anos lectivos anteriores o aluno tenha optado pela frequĆŖncia da aula de religiĆ£o confessional. Uma escolha feita no inĆ­cio do ciclo escolar ā€“ explica Valenzi ā€“ nĆ£o pode, de fato, condicionar o exercĆ­cio de um direito constitucionalmente garantido, que pode ser acionado a qualquer momento com proteĆ§Ć£o integral. Isso se aplica a todas as etapas do curso de estudo e tambĆ©m apĆ³s o inĆ­cio do ano letivo. Da mesma forma, a opĆ§Ć£o pela frequĆŖncia da ā€œhora alternativaā€ pode ser solicitada mesmo que o aluno nĆ£o elegĆ­vel tenha manifestado previamente uma opĆ§Ć£o diferente (estudo individual ou saĆ­da da escola): quando a opĆ§Ć£o correta Ć© exercida, a escola Ć© obrigada a ativar o ensino. Em suma, a decisĆ£o do Tar confirma que os prazos para o exercĆ­cio do direito constitucional de liberdade de consciĆŖncia e religiĆ£o nĆ£o podem ser peremptĆ³rios: ou seja, nĆ£o podem ter efeito limitante sobre o direito de escolha, que sempre prevaleceā€.

Entretanto, o ano letivo recomeƧarĆ” em setembro e o tema provavelmente voltarĆ”. Que perspectivas para o futuro, no que diz respeito ao debate sobre a hora da religiĆ£o?

ā€œA porcentagem de alunos e alunas que, principalmente no ensino mĆ©dio, nĆ£o fazem uso do ensino da religiĆ£o catĆ³lica Ć© um nĆŗmero cada vez mais significativo ā€“ afirma Valenzi -. Isso significa, por um lado, que se abre um espaƧo para um pedido de proteĆ§Ć£o e a necessidade de vigiar cada vez mais para que o direito Ć  liberdade de consciĆŖncia e religiĆ£o nĆ£o seja violado; por outro, que aumenta o apelo ao pluralismo de ideias, convidando todas as entidades seculares a participarem com propostas de caminhos de inclusĆ£o, cidadania ativa e educaĆ§Ć£o para a democracia. Neste sentido, a FCEI quer envolver-se tanto no que diz respeito aos instrumentos de defesa dos direitos dos alunos e das famĆ­lias, como com propostas de trabalho e reflexƵes que tenham em conta as mudanƧas religiosas e culturais que caracterizam o nosso tecido social. O novo pluralismo religioso Ć© uma realidade que, sobretudo nas escolas, nĆ£o pode ser ignorada, constituindo tambĆ©m um instrumento essencial para a integraĆ§Ć£o recĆ­proca e para o conhecimento profundo do outro. Isso sĆ³ pode acontecer respeitando o princĆ­pio da laicidade, atentando para a sensibilidade de cada um, sem imposiƧƵes confessionaisā€.


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“VocĆŖ sĆ³ cresce se sonhar”.  ReflexƵes sobre humilhaĆ§Ć£o e humildade

“VocĆŖ sĆ³ cresce se sonhar”. ReflexƵes sobre humilhaĆ§Ć£o e humildade

Foto Annie Spratt / Unsplash Roma (NEV), 25 de novembro de 2022 - Publicamos a nota do pastor evangĆ©lico batista Cristina ArquidiĆ”conatransmitido pela RĆ”dio RAI 1 no domingo, 27 de novembro de 2022, na transmissĆ£o "Culto evangelico" - seĆ§Ć£o "Finestra Aperta". VocĆŖ sĆ³ cresce se sonhar. EntĆ£o ele disse Danilo Doces, pacifista, educador, sociĆ³logo, muito atuante nas Ć”reas mais pobres e esquecidas do paĆ­s, desde a dĆ©cada de 1950. VocĆŖ sĆ³ cresce se sonhado, sĆ³ se reconhecido como parte de uma visĆ£o mais ampla, de uma vida que vai alĆ©m da minha tambĆ©m. VocĆŖ cresce apenas se humilhado parece significar hoje. Humilhar Ć© um verbo que se refere Ć  terra. HĆŗmus, terra que fertiliza, que nutre. A humildade Ć© caracterĆ­stica de quem sabe que ser baixo Ć© uma condiĆ§Ć£o comum e oferece um ponto de observaĆ§Ć£o diferente. Na BĆ­blia, no Evangelho de Lucas, Deus Ć© cantado pela voz de uma jovem grĆ”vida, Maria, abraƧada e reconhecida por Isabel, sua parente, tambĆ©m grĆ”vida, como aquela que se rebaixa (se humilha?) que jĆ” estĆ” abaixo, apenas ela, como aquela que levantou os humildes e tirou o poder dos orgulhosos, enviou os ricos de mĆ£os vazias e encheu de bens tantos e quantos tinham fome. Humilhar, nas palavras do poder, assume o sentido nĆ£o sĆ³ de rebaixar, mais, de envergonhar, de nĆ£o reconhecer, de castigar. Talvez os adultos de hoje humilhem meninos e meninas mesmo quando nĆ£o os veem, nĆ£o os escutam, nĆ£o confiam neles. E ao invĆ©s de se questionarem sobre suas prĆ³prias escolhas e aƧƵes, talvez atuem tal qual foram humilhados, em outros contextos e em outros tempos, e reproponham uma pedagogia "negra", feita de pequenas e grandes torturas psicolĆ³gicas e fĆ­sicas de honra, de poder. Tudo isso nada tem a ver com a possibilidade de reparar uma relaĆ§Ć£o, de participar materialmente da restauraĆ§Ć£o de algo que estĆ” quebrado, coisas pelas quais um adolescente estaria mais do que disposto. Na Ćŗltima semana, foram comemorados o Dia dos Direitos da CrianƧa e o Dia Internacional contra a ViolĆŖncia contra a Mulher. No espaƧo de tempo de um dia, condensa-se o cotidiano de dificuldades de reconhecimento, relaƧƵes de poder, abuso psicolĆ³gico, violĆŖncia fĆ­sica, exploraĆ§Ć£o infantil, venda de crianƧas, disparidades nas condiƧƵes de trabalho e econĆ“micas, reproposiĆ§Ć£o pĆŗblica de clichĆŖs e estereĆ³tipos, desde a infĆ¢ncia de mulheres e homens. Diariamente. Sonhar com uma nova forma de ser comunidade passa pela possibilidade de nos reconhecermos sonhados e sonhados, jĆ” amados. Juntamente com Maria que canta o magnificat, os Evangelhos propƵem um JosĆ© que sonha e no sonho deixa Deus sonhĆ”-lo, para ser um homem diferente do que o poder gostaria que fosse: JosĆ© Ć© acompanhado para nascer de novo, graƧas a uma parteira de Deus , que a reconhece como parte do projeto de amor pela humanidade. Um homem nĆ£o patriarcal em uma sociedade patriarcal darĆ” o exemplo de um homem para seu filho. E assim o poder serĆ” humilhado, trazido de volta Ć  terra. ...

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Roma, as novas luzes do templo valdense na Piazza Cavour

Roma, as novas luzes do templo valdense na Piazza Cavour

Roma (NEV), 13 de marƧo de 2023 ā€“ Novas luzes para o templo valdense na capital. O Grupo Acea renovou de fato a iluminaĆ§Ć£o da Igreja Valdense na Piazza Cavour - Roma. A inauguraĆ§Ć£o aconteceu na Ćŗltima sexta-feira, na presenƧa de instituiƧƵes e representantes da comunidade protestante.A inauguraĆ§Ć£o contou com a presenƧa, entre outros, Daniele Garronepresidente da FederaĆ§Ć£o das Igrejas EvangĆ©licas da ItĆ”lia e Moderador da Mesa Valdense, Alessandra Trotta. ā€œO que hĆ” por trĆ”s desta igreja que domina a Piazza Cavour, um dos sĆ­mbolos da ItĆ”lia liberal, e que agora Ć© realƧada pela monumental iluminaĆ§Ć£o disponibilizada pela ACEA? Vou tentar destacar brevemente o "atrĆ”s" da histĆ³ria que viu na construĆ§Ć£o da igreja um local de pouso fundamental e os "envolventes" do complexo, do complexo protestante em uma das Ć”reas em desenvolvimento da capital Roma. Por detrĆ”s desta fachada que exprime tambĆ©m a consciĆŖncia de fazer parte de uma nova e tĆ£o esperada era ā€“ que nĆ£o por acaso tambĆ©m se referia ao ā€œIluminismoā€ ā€“ o orgulho de pertencer a ela e a vontade de serem os seus protagonistas, estĆ£o antes de mais os sĆ©culos de clandestinidade e dissimulaĆ§Ć£o forƧada para os valdenses. A fĆ© vivia Ć  noite, no escuro: esse era o destino dos "pobres" na Idade MĆ©dia. As coisas mais importantes para a identidade de alguĆ©m viviam nas sombras, reuniƵes clandestinas organizadas no abrigo da noite. A visibilidade, que hoje Ć© um dos critĆ©rios de comunicaĆ§Ć£o e um dos indicadores de sucesso, significava entĆ£o incorrer em repressĆ£o. SĆ³ se podia ser vocĆŖ mesmo nas sombras. Lembro-me nĆ£o para ter pena dos nossos antepassados, nem para nos alegrar com o sofrimento dos outros, mas porque esta ainda Ć© a dura realidade em muitas partes do mundo. Com a adesĆ£o Ć  Reforma no sĆ©culo XVI, a postura dos descendentes e herdeiros dos pobres mudou: a Reforma convenceu-os de que deviam ser vistos, deviam vir Ć  tona, a Palavra que testemunhavam ā€“ lux lucet in tenebris ā€“ teve que ser trazido Ć  luz do Sol. Foi assim que os valdenses da CalĆ”bria se revelaram. No entanto, aplicava-se tambĆ©m a eles a palavra do filĆ³sofo do Antigo Testamento, "nada de novo debaixo do sol"... Uma vez nascidos, recaiu sobre eles uma cruel repressĆ£o, feita de matanƧas, prisƵes e escravizaƧƵes como remadores no MediterrĆ¢neo. Talvez nĆ£o seja por acaso que hoje nos interessamos pelos barcos de pessoas desesperadas que atravessam o MediterrĆ¢neo. Seu pastor, Giovan Luigi Pascale, foi julgado em Roma. A luz que se acendeu foi a das chamas da sua estaca (1560), apĆ³s o estrangulamento. Este foi o fim que ele compartilhou com dezenas e dezenas de outros, antes e depois dele, incluindo o cardeal Pietro Carnesecchi (1567), que, no entanto, foi decapitado primeiro. TambĆ©m aqui me lembro dessas pĆ”ginas trĆ”gicas para nĆ£o despertar simpatia. Ainda hoje o saindo, a livre expressĆ£o das prĆ³prias ideias, a livre implementaĆ§Ć£o das prĆ³prias escolhas podem ser pagas com a prĆ³pria vida, estĆ” tudo diante de nossos olhos, IrĆ£ AfeganistĆ£o etc. e ainda hoje o obscurantismo tambĆ©m tem defensores e argumentos religiosos... A iluminaĆ§Ć£o capaz de derrotar essa escuridĆ£o ainda nĆ£o chegou a todos os lugares e em muitos lugares a escuridĆ£o parece inviolĆ”vel. Ɖ somente apĆ³s o rompimento da Porta Pia que os valdenses, os judeus finalmente libertados do gueto, os outros evangĆ©licos que chegam imediatamente Ć quela que jĆ” Ć© a capital do Reino Unido pela qual muitos deles lutaram, podem finalmente contar com uma visibilidade desobstruĆ­da. NĆ£o apenas ileso, mas orgulhoso e engenhoso. O primeiro templo valdense foi inaugurado na via IV de novembro de 1883; em 1895, um enorme complexo episcopal metodista foi inaugurado na via XX Settembre. Em frente Ć  ilha do Tibre, depois da demoliĆ§Ć£o do antigo gueto, foi construĆ­da em 1904 uma enorme sinagoga que, olhando mais de perto, tem a mesma postura urbana da nossa igreja: estamos aqui, podemos ser vistos e vocĆŖs devem nos ver. .. Ć© o inĆ­cio de um caminho que levarĆ” Roma a se tornar a encruzilhada das religiƵes que Ć© hoje. Vamos voltar para nĆ³s. Estamos numa praƧa, com duas torres que nĆ£o escapam ao olhar. NĆ£o Ć© apenas um local urbano feliz; ainda em 1883 a igreja da via IV de Novembro teve de ser disfarƧada com feiƧƵes de palĆ”cio burguĆŖs. Ɖ uma metĆ”fora; Ć© o lugar de quem quer fazer parte do discurso que se dĆ” na Ć”gora. Poucos, mas presentes e vocais, como diriam na AmĆ©rica, extrovertidos. A vontade de ser voz no debate pĆŗblico foi fortalecida com a RepĆŗblica, ou seja, desde que a Ć”gora foi palco de uma democracia parlamentar constitucional, onde cresce uma democracia discursiva. Aqui queremos fazer um discurso que nĆ£o Ć© sĆ³ de ideias, mas tambĆ©m de compromisso social. Uma vez construĆ­do o edifĆ­cio, comeƧaram de imediato as actividades sociais, por exemplo a favor dos militares dos numerosos quartĆ©is prĆ³ximos, com serviƧos mĆ©dicos e oferecendo espaƧos de utilizaĆ§Ć£o das saĆ­das gratuitas tambĆ©m para leitura e formaĆ§Ć£o... Hoje as formas dessa acĆ§Ć£o sĆ£o mudando, mas a vocaĆ§Ć£o de fazer a nossa parte junto com os outros nĆ£o falha. Ao redor da igreja, os demais elementos do complexo. No outono de 1922 - a coincidĆŖncia com a marcha sobre Roma Ć© puramente acidental e pedimos desculpas aos ouvintes - foi inaugurada a sede da Faculdade de Teologia (fundada em Torre Pellice em 1855, transferida para FlorenƧa como capital em 1861 e depois daqui para Roma onde ainda estĆ”), que hoje forma pastores e pastoras em particular das igrejas metodistas, valdenses e batistas, mas nĆ£o sĆ³, e que desenvolve uma atividade ecumĆŖnica de formaĆ§Ć£o teolĆ³gica cultural com ensino a distĆ¢ncia. Abriga uma biblioteca cada vez maior, agora com mais de 110.000 volumes, que Ć© um centro de excelĆŖncia para a pesquisa acadĆŖmica do protestantismo. A biblioteca, que durante dĆ©cadas nĆ£o foi apenas um meio de acesso Ć  cultura protestante, mas ā€“ em torno da Prof. Subilia, um cĆ­rculo de interlocuĆ§Ć£o intelectual. Os cidadĆ£os romanos conhecem sobretudo as duas grandes salas ā€“ a Aula Magna da Faculdade e a sala da via Marianna Dionigi 59 ā€“ como locais de concertos, debates ā€“ atĆ© mesmo sobre questƵes polĆŖmicas, como divĆ³rcio, aborto, ā€œfim da vidaā€ etc. ā€“ de convenƧƵes e conferĆŖncias. Mas tambĆ©m de funerais secularesā€¦ Tudo nĆ£o sĆ³ Ć  luz do sol, mas agora iluminado mesmo quando estĆ” escuro. Obrigado a quem forneceu a iluminaĆ§Ć£o monumental. Ao concluir estas breves reflexƵes relacionadas com a luz, nĆ£o posso deixar de partilhar uma imagem, aliĆ”s, uma realidade completamente oposta. Recentemente visitei o albergue social para trabalhadores que nossa FederaĆ§Ć£o de Igrejas EvangĆ©licas da ItĆ”lia abriu em San Ferdinando, na planĆ­cie de Gioia Tauro. Depois do pĆ“r-do-sol, contornamos os chamados campos ā€“ favelas e cidades-tendas ā€“ construĆ­dos com dinheiro pĆŗblico, onde vivem em condiƧƵes precĆ”rias quem recolhe as laranjas que vĆ£o para grandes varejistas e que compramos em supermercados. As ruas que levam atĆ© ela sĆ£o repletas de postes de iluminaĆ§Ć£o modernos, mas sempre apagados, pois a iluminaĆ§Ć£o dificulta o trĆ”fico do crime organizado. Essas estradas que estĆ£o sempre no escuro sĆ£o atravessadas por trabalhadores negros. TambĆ©m nisso sĆ£o os "invisĆ­veis" de hoje. De vez em quando alguĆ©m Ć© atropelado. TambĆ©m estamos lĆ” para fornecer a eles coletes refletivos e refletores para destacar suas bicicletas. Mas isso nĆ£o elimina a deficiĆŖncia mais grave, a da iluminaĆ§Ć£o pĆŗblica que, olhando mais de perto, Ć© a luz da RepĆŗblica. NĆ³s gostamos disso aqui. E vocĆŖ o intensificou. Mas a RepĆŗblica nĆ£o termina na Piazza Cavour, continua atĆ© Marsala e Lampedusa. Sentimos que devemos dizĆŖ-lo tambĆ©m na Piazza Cavour, ou seja, na Ć”gora da RepĆŗblicaā€. ...

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O “Tempo da CriaĆ§Ć£o” na Europa e no mundo

O “Tempo da CriaĆ§Ć£o” na Europa e no mundo

Roma (NEV), 25 de julho de 2019 ā€“ O perĆ­odo litĆŗrgico conhecido como ā€œTempo da CriaĆ§Ć£oā€ Ć© celebrado de 1Āŗ de setembro a 4 de outubro em um nĆŗmero crescente de igrejas, na Europa e no mundo. A ideia original remonta a 1989, quando o Patriarca EcumĆŖnico Dimitrios ele sugeriu que o primeiro dia do ano ortodoxo, precisamente 1Āŗ de setembro, fosse considerado um dia "de proteĆ§Ć£o ao meio ambiente". A Assembleia EcumĆŖnica EuropĆ©ia em Graz (Ɓustria) em 1997 lanƧou as bases para expandir a proposta e a Rede CristĆ£ EuropĆ©ia para o Meio Ambiente (ECEN) exortou as igrejas a adotar um "Tempo da CriaĆ§Ć£o" estendendo-o atĆ© 4 de outubro, o de Francisco de Assis. A celebraĆ§Ć£o deste "tempo litĆŗrgico", que se realiza atravĆ©s da oraĆ§Ć£o, do culto cristĆ£o e de outras iniciativas, foi tambĆ©m endossada pela 3ĀŖ Assembleia EcumĆ©nica Europeia em Sibiu, em 2007, que recomendou a sua dedicaĆ§Ć£o "Ć  oraĆ§Ć£o pela protecĆ§Ć£o da CriaĆ§Ć£o e Ć  a promoĆ§Ć£o de estilos de vida sustentĆ”veis ā€‹ā€‹que revertam o curso do nosso comportamento que tem causado as mudanƧas climĆ”ticas". Finalmente, em 2015 Papa Francisco introduziu o dia 1Āŗ de setembro como o Dia Mundial de OraĆ§Ć£o pelo Cuidado da CriaĆ§Ć£o na Igreja CatĆ³lica, em linha com o que a ConferĆŖncia Episcopal Italiana (CEI) jĆ” vinha fazendo na ItĆ”lia desde 2006. "Por toda a Europa, assim como em cada vez mais outras partes do mundo, os cristĆ£os preparam materiais litĆŗrgicos sobre o tema da criaĆ§Ć£o", diz o site ECEN, que coleta esses materiais para disponibilizĆ”-los Ć s igrejas e comunidades para uso durante o Tempo de CriaĆ§Ć£o e ao longo do ano. Um novo site em vĆ”rios idiomas (inglĆŖs, francĆŖs, italiano, espanhol, portuguĆŖs, polonĆŖs) tambĆ©m coleta os compromissos que estĆ£o sendo organizados em todo o mundo. Em junho, vĆ”rios lĆ­deres religiosos anglicanos, ortodoxos, protestantes e catĆ³licos assinaram uma carta-convite para celebrar o Tempo da CriaĆ§Ć£o 2019, que este ano tem como tĆ­tulo ā€œA teia da vida: a biodiversidade como bĆŖnĆ§Ć£o de Deusā€. ā€œNos unimos como uma sĆ³ famĆ­lia em Cristo com espĆ­rito ecumĆŖnico, reconhecendo que a criaĆ§Ć£o Ć© doada a todos nĆ³s e que somos chamados a compartilhar a responsabilidade de sua proteĆ§Ć£oā€, diz o documento. Os signatĆ”rios lamentam a extinĆ§Ć£o de vĆ”rias espĆ©cies, para as quais "as criaturas de Deus estĆ£o desaparecendo da Terra ... De insetos humildes a mamĆ­feros majestosos, de plĆ¢ncton microscĆ³pico a Ć”rvores imponentes" e pedem que uma voz unida seja levantada este ano na ocasiĆ£o a cĆŗpula climĆ”tica da ONU em setembro, o SĆ­nodo CatĆ³lico sobre a AmazĆ“nia em outubro e a conferĆŖncia climĆ”tica da ONU em novembro. A ComissĆ£o de GlobalizaĆ§Ć£o e Meio Ambiente (GLAM) da FederaĆ§Ć£o das Igrejas EvangĆ©licas da ItĆ”lia (FCEI) preparou, como de costume, um dossiĆŖ com materiais bĆ­blicos e litĆŗrgicos para o Tempo da CriaĆ§Ć£o. O documento pode ser baixado clicando no seguinte tĆ­tulo: ā€œNa sociedade de Deus nĆ£o hĆ” desperdĆ­cio. Questionado pela prioridade das alteraƧƵes climĆ”ticas". ...

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Otimizado por Lucas Ferraz.