ConferĂȘncia das Igrejas Europeias.  Simone De Giuseppe entra para o Conselho

ConferĂȘncia das Igrejas Europeias. Simone De Giuseppe entra para o Conselho

Simone De Giuseppe

Roma (NEV), 21 de junho de 2023 – A 16ÂȘ Assembleia Geral da ConferĂȘncia das Igrejas Europeias (KEK) foi encerrada ontem em Tallinn, EstĂŽnia. Entre as novidades, o novo Conselho Deliberativo, que conta tambĂ©m com o pastor batista Simone De Giuseppe, delegado da UniĂŁo das Igrejas EvangĂ©licas Batistas da ItĂĄlia (UCEBI). Fizemos algumas perguntas a ele.

Entretanto, parabĂ©ns pela sua eleição para o Conselho de Administração da CEC. Quem estĂĄ no Conselho alĂ©m de vocĂȘ e quais sĂŁo os compromissos de curto e mĂ©dio prazo nos quais vocĂȘ estarĂĄ envolvido?

Foto Ulf TjÀrnström / KEK

Obrigado. Para mim Ă© realmente uma honra poder servir e contribuir para o Conselho de Administração da ConferĂȘncia das Igrejas Europeias (KEK). O Conselho Ă© composto por 20 pessoas: o novo presidente eleito, o arcebispo ortodoxo Nikitas de Tiateira e GrĂŁ-Bretanha do Patriarcado EcumĂȘnico. Em seguida, a vice-presidĂȘncia, formada por Inverno de DagmarBispo Anglicano de Huntingdon, da Igreja da Inglaterra, e pelo pastor protestante Frank Kopania, que vem da Igreja EvangĂ©lica na Alemanha (EKD). A Direcção Ă© composta segundo uma lĂłgica de equilĂ­brios. Assim, procura-se um equilĂ­brio entre homens e mulheres, entre diferentes confissĂ”es ou denominaçÔes cristĂŁs, entre leigos e ordenados, entre as diferentes regiĂ”es de origem das igrejas que fazem parte da CEC na Europa e tambĂ©m entre as diferentes idades , de modo a ter uma pluralidade que reflita tanto quanto possĂ­vel as igrejas pertencentes Ă  CEC.

Quanto aos compromissos, certamente voltaremos a nos encontrar em novembro. SerĂŁo estabelecidos papĂ©is e ĂĄreas de competĂȘncia dentro do Conselho e entĂŁo tentaremos começar a discutir e trabalhar o que foi deliberado pela Assembleia: estratĂ©gias, objetivos, cuidado com as relaçÔes com instituiçÔes e igrejas.

A CEC Ă© um organismo que reĂșne igrejas diferentes entre si pela confissĂŁo e tradição, mas tambĂ©m pela consistĂȘncia numĂ©rica (minoria/maioria), ou pela localização geogrĂĄfica que inevitavelmente influencia as prioridades do testemunho evangĂ©lico. Se Ă© fĂĄcil apontar as diferenças, o que representou a unidade dos cristĂŁos europeus nesta Assembleia?

Certamente existem muitas diferenças entre as igrejas pertencentes Ă  CEC, mas o que realmente as une Ă© a perspectiva ecumĂȘnica comum de viver a fĂ©. Portanto, hĂĄ uma abertura ao diĂĄlogo e ao confronto entre diferentes tradiçÔes e teologias. Ao mesmo tempo, existe a consciĂȘncia de fazer parte do Ășnico corpo de Jesus Cristo, no qual cada membro, cada igreja, Ă© parte fundamental. Nenhum corpo pode funcionar perfeitamente se uma parte, mesmo que escondida e pequena, nĂŁo funcione. Todo o corpo seria afetado. Esta consciĂȘncia de fazer parte do Ășnico corpo de Cristo Ă© o que verdadeiramente une as igrejas CEC.

O documento sobre questĂ”es pĂșblicas fala sobre: ​​justiça climĂĄtica, UcrĂąnia, migrantes. VocĂȘ pode nos dizer algo mais?

No que diz respeito Ă  justiça climĂĄtica, ela foi trazida ao conhecimento da Assembleia, sobretudo pelas geraçÔes mais jovens, que escreveram uma moção sobre o assunto. A moção destaca a urgĂȘncia de enfrentar a crise climĂĄtica a partir da consciĂȘncia de que ela Ă© causada pela ação humana, pelas injustiças e pelo sistema econĂŽmico que atualmente rege a lĂłgica mundial. A CEC comprometeu-se nesta Assembleia a reduzir o seu impacto ambiental, pelo menos nas suas atividades, nos prĂłximos cinco anos.

Quanto à guerra na Ucrùnia, esse foi um assunto muito discutido na Assembleia. Houve duas sessÔes plenårias para ouvir as vozes das pessoas que estão na Ucrùnia, ou que fugiram da guerra, ou que vivem em países vizinhos. Foi votada uma declaração condenando a agressão militar russa em território ucraniano. O KEK manifestou solidariedade e apoio à população ucraniana, com o compromisso de levar por diante um caminho de diålogo para poder encontrar uma paz justa o mais rapidamente possível e encorajar todas as iniciativas que visem a reconciliação entre os sujeitos envolvidos .

Finalmente, o tema das migraçÔes. Logo no início da Assembléia houve outro trågico naufrågio na costa da Grécia, matando mais de 500 pessoas. Isso tocou muito as pessoas que compareceram à Assembleia da CEC, que quiseram se expressar com uma declaração específica. A CEC pretende continuar a apoiar as OrganizaçÔes que trabalham com a questão da migração, trabalhar em parceria tanto quanto possível e continuar a reflexão com as igrejas constituídas sobretudo por migrantes de outros continentes, comunidades que jå fazem parte da geografia das igrejas europeias.

Foto Ulf TjÀrnström / KEK

O lema da Assembleia foi “Moldar o futuro”. Que forma de futuro emergiu da AssemblĂ©ia?

O lema da assemblĂ©ia foi “sob a bĂȘnção de Deus dando forma ao futuro” e, portanto, que forma de futuro emergiu da assemblĂ©ia na realidade sem forma, de fato, tentamos desmantelar o conceito de que, como igrejas cristĂŁs, Ă© possĂ­vel controlar o futuro da ‘Europa. em vez disso, querĂ­amos dar uma mensagem contra a marĂ© a respeito de uma sociedade que atravĂ©s das tecnologias torna-se cada vez mais capaz de controlar a vida das pessoas e a organização de tudo e, em vez disso, colocar tudo de volta nas mĂŁos de Deus ouvindo o que o Senhor pode comunicar ao igrejas para permanecer abertos ao novo, para mudar sabendo que o futuro pertence a Deus e somente a Deus e que somente sob sua bĂȘnção pode se concretizar a partir do testemunho das igrejas.

Na coletiva de imprensa final, o recĂ©m-eleito presidente Nikitas usou trĂȘs palavras-chave: fĂ©, esperança e amor. Em seguida, acrescentou uma mensagem de grande fĂ© nas novas geraçÔes. Na sua opiniĂŁo, como podemos dar corpo e alma a um pacto intergeracional que dĂȘ verdadeiramente voz e liberdade de ação Ă s geraçÔes mais novas?

A Assembleia contou com uma boa participação das geraçÔes mais jovens, que tambĂ©m encontraram voz durante os trabalhos. No entanto, essa voz ainda nĂŁo Ă© forte o suficiente para afetar as polĂ­ticas e a vida do CEC. E, portanto, o que fazer para realmente dar voz e liberdade de ação Ă s novas geraçÔes? Certamente uma coisa que pode ser feita Ă© garantir uma participação para eles nas principais comissĂ”es do CEC, a começar pela Diretoria. Ao mesmo tempo, o KEK precisa fortalecer as relaçÔes e aproveitar as experiĂȘncias e atividades das vĂĄrias organizaçÔes cristĂŁs europeias que jĂĄ realizam um grande trabalho durante o ano. E que tratam de questĂ”es mais prĂłximas da sensibilidade das geraçÔes mais novas.

Veja todas as fotos oficiais da Assembleia KEK 2023.

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admin

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Roma (NEV), 15 de maio de 2020 – Foi decididamente inĂ©dita a reuniĂŁo realizada hoje no Palazzo Chigi, onde, em estrito cumprimento das regras de distanciamento social, os representantes dos grandes setores confessionais presentes na ItĂĄlia assinaram os Protocolos de Conduta visando a progressiva retomada das atividades de culto em conformidade com as regras de contraste Ă  propagação do vĂ­rus Covid 19. Representantes das comunidades evangĂ©lica e judaica, islĂąmica e sikh, hindu e budista, testemunhas de JeovĂĄ, bahĂĄ'Ă­s e mĂłrmons se reuniram no Palazzo Chigi onde, juntamente com o primeiro-ministro JosĂ© Conte e ao Ministro do Interior Luciana Lamorgese assinaram os respectivos Protocolos, cada um dos quais adaptado Ă s peculiaridades das diversas tradiçÔes religiosas quanto Ă  condução das redes. O primeiro signatĂĄrio do lado evangĂ©lico foi o pastor Luca Maria Negro, presidente da Federação das Igrejas EvangĂ©licas da ItĂĄlia (FCEI) que tambĂ©m assinou em nome da UniĂŁo das Igrejas Valdenses e Metodistas, da UniĂŁo CristĂŁ EvangĂ©lica Batista da ItĂĄlia, da Igreja EvangĂ©lica Luterana da ItĂĄlia. Enquanto membro da FCEI, ele Ă© um membro separado do ExĂ©rcito de Salvação. Outros signatĂĄrios do lado evangĂ©lico foram os representantes das AssemblĂ©ias de Deus na ItĂĄlia, da UniĂŁo das Igrejas Adventistas, da Igreja ApostĂłlica, do Conselho EvangĂ©lico e da Aliança EvangĂ©lica. O arcebispo tambĂ©m esteve presente Ian Ernestdiretor do Centro Anglicano de Roma. “O encontro tornou plasticamente visĂ­vel o pluralismo religioso da ItĂĄlia de hoje – comentou o Presidente Negro – e deu a conhecer os frutos da colaboração entre o Estado e as vĂĄrias confissĂ”es religiosas mesmo em matĂ©rias delicadas como a das medidas antipandĂ©micas a adotar no exercĂ­cio das atividades religiosas. TambĂ©m tenho o prazer de salientar que a FCEI assinou, lançando assim um importante sinal de unidade nas relaçÔes com as instituiçÔes italianas". As relaçÔes com as vĂĄrias confissĂ”es foram estabelecidas pelo Departamento de Liberdades CĂ­vicas e Imigração onde funciona a Direcção Central dos Assuntos Religiosos que, para a ocasiĂŁo, recorreu a consultores externos. “Obrigado ao MinistĂ©rio do Interior e a todos aqueles que trataram estes relatĂłrios com competĂȘncia e empenho – continua Negro – entabulando um diĂĄlogo sĂ©rio com os representantes das vĂĄrias confissĂ”es, acolhendo observaçÔes e propostas que eles apresentaram. Como evangĂ©licos apreciamos, em particular, a uniformidade dos critĂ©rios adotados para as diferentes confissĂ”es e a atenção ao serviço dos ministros de religiĂŁo que trabalham em grandes diĂĄsporas que, excepcionalmente, sĂŁo reconhecidos como podendo viajar tambĂ©m entre regiĂ”es. Assim foi adotado – concluiu – um mĂ©todo de reconhecimento e diĂĄlogo que valoriza as especificidades confessionais no quadro de um compromisso comum de responsabilidade. Foi implementada uma boa prĂĄtica que esperamos que possa tambĂ©m ser adotado em outras ocasiĂ”es". Aqui o comunicado de imprensa do MinistĂ©rio do Interior e aqui o texto do protocolo. Aqui a galeria de fotos do encontro (Imagens disponĂ­veis sob licença CC-BY-NC-SA) 3.0 IT ...

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Otimizado por Lucas Ferraz.