A “Escola para a Democracia” está de volta

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Interconectados?  Fé e ecologia na era digital

Interconectados? Fé e ecologia na era digital

Roma (NEV), 15 de outubro de 2019 – A conferência “Inter-connecti? Fé e ecologia na era digital”, em colaboração entre a Igreja Evangélica Batista de Cagliari, a Pontifícia Faculdade Teológica da Sardenha e o Departamento diocesano de Pastoral Social e Trabalhista. "Queríamos fazer esta pergunta para incitar os palestrantes a encontrar uma visão comum - disse o pastor e teólogo batista Elizabeth Green à Agência NEV –. O que acontece quando estamos interconectados? O significado é criar a ocasião para um olhar recíproco. Combinar ecumenismo e ecologia, essa é a aposta. Aqui e em Sulcis estamos trabalhando essas questões, de baixo, de forma ecumênica. Acho interessante uma discussão com quem trabalha de cima, numa troca em pé de igualdade com quem é academicamente engajado”. Abaixo está o programa. Faça o download do pôster INTER CONNECTED aqui. Sexta-feira, 18 de outubro, às 16h30 Saudação e apresentação: Francesco Maceri SJ, decano da Pontifícia Faculdade Teológica da Sardenha. Moderado: Elizabeth Greenpastor e teólogo da Igreja Evangélica Batista 17h00 Reportagem: Separe e conecte. sabedoria bíblica – Ângelo Reginatopastor e biblista, membro do Departamento de Teologia da União Cristã Evangélica Batista da Itália (UCEBI) 17h45 Intervalo 18h00 Reportagem: Laudato si': uma abordagem de sistemas complexos – Mauro Bossi SJ, editor da revista Updates Sociali 18h45: Discussão 19h15: Apresentação da exposição fotográfica: Terra para habitar, beleza para manter, editado pela Coordenação Regional para o projeto cultural da Conferência Episcopal da Sardenha. A exposição estará patente na Faculdade até 31 de Outubro Sábado, 19 de outubro, às 9h30 Moderador: Pe. Mário FarciPontifícia Faculdade Teológica da Sardenha Relação: Tecendo redes: ecúmeno e ecologia? Simone Morandiniprofessor do Instituto San Bernardino de Estudos Ecumênicos – Veneza 10.15 Discussão Quebrar 11h00 Mesa Redonda: Moderada pelo Pe. José TiloccaPontifícia Faculdade Teológica da Sardenha Caixas de som: Excelentíssimo Dr. Gianni LampisConselheiro para a Defesa do Meio Ambiente - Região da Sardenha) dr. Charles MiliaPresidente do Eco-instituto do Mediterrâneo) Dr. Daniela Ducatoreferência em produção industrial circular La Casa Verde CO2.0 Conclusões: Mons. Arrigo MiglioArcebispo de Cagliari, Grão-Chanceler da Pontifícia Faculdade Teológica da Sardenha. A conferência será realizada na Aula Magna da Pontifícia Faculdade Teológica da Sardenha, na via Enrico Sanjust, 13 – Cagliari. ...

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Líderes evangélicos no Fórum Inter-religioso do G20 na Itália

Líderes evangélicos no Fórum Inter-religioso do G20 na Itália

foto: Joshua Eckstein, unsplash Roma (NEV), 6 de setembro de 2021 – Líderes protestantes de todo o mundo participarão do Fórum Inter-religioso do G20, que acontecerá na Itália na próxima semana. O Secretário Geral Interino do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) Ioan Sauca participará do Fórum Inter-religioso do G20, que será realizado em Bolonha, de 12 a 14 de setembro. Sauca intervirá em particular numa sessão intitulada “O ecumenismo cristão é um modelo?”. Os palestrantes, conforme consta em nota no site do CMI, discutirão “o ecumenismo cristão como um modelo praticável para os muçulmanos; na unidade cristã como uma ameaça ou uma oportunidade; e sobre como delinear o tema do conflito na teologia ecumênica”. A reunião será co-presidida por Cláudio Paravati, diretor do centro de estudos e da revista Comparisons. Um representante da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas também falará. Outros palestrantes convidados para a sessão são: Khazhak Barsamianlegado papal da Europa Ocidental e representante da Igreja Armênia junto à Santa Sé; Luca Ferracciinvestigador filiado na Fundação para as Ciências da Religião; Martin Jungesecretário-geral da Federação Luterana Mundial, Kurt Kochpresidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e Christian Kriegerpresidente do Conselho de Igrejas da Europa (KEK). ...

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“Trataram-nos bem” em Lampedusa

“Trataram-nos bem” em Lampedusa

A história que acabamos de ouvir, neste texto dos Atos, poderia ser quase uma descrição perfeita das viagens pelo Mediterrâneo que empreendem desesperadamente tantos irmãos e irmãs que fogem de guerras e perseguições. Vamos repassar isso. Na história temos um grupo de homens que, precisamente nestas águas entre a Grécia e Malta, durante a travessia, são apanhados por uma terrível tempestade e durante dias - a história diz duas semanas - permanecem à mercê do mar e do mau clima. A bordo deste barco temos três grupos diferentes de homens: os soldados, os marinheiros e os prisioneiros. Entre os prisioneiros está também o apóstolo Paulo, que deve comparecer perante o imperador em Roma. Durante a viagem, dada a situação desesperadora que vivem há dias, surgem inúmeros momentos de tensão e conflito. Para se salvar, os marinheiros tentam escapar em botes salva-vidas e, posteriormente, os soldados querem matar os presos para evitar que eles escapem também. Em suma, parece haver pânico e confusão, mas Paolo consegue várias vezes restaurar a esperança e manter o grupo unido. A única maneira de nos salvar, diz ele, é nos salvar todos juntos. E então, finalmente, o continente, a salvação, o local de desembarque. Todos eles chegam em terra, sãos e salvos. E aqui está o versículo da nossa semana: "Eles nos trataram com bondade." Os náufragos são imediatamente recebidos com muita gentileza, inesperada como lemos em outras traduções. Essa bondade desloca os homens que um momento antes enfrentavam a fúria, a violência, o medo, a desconfiança. A bondade, portanto, traz imediatamente os náufragos de volta à sua condição de humanos. Este é o momento da verdadeira chegada. "O local de desembarque traz consigo a esperança, pois o "proda" é um local fácil de atracar, consente a chegada e acolhe[1]”. A palavra bondade, portanto, também poderia ser substituída pela palavra humanidade[2]: “Trataram-nos com humanidade”. E esta humanidade redescoberta e salva é imediatamente reunida em torno de uma fogueira. Aqui as pessoas param, sentam-se e formam um círculo. Nesta circularidade (que já havia acontecido uma vez durante a travessia no momento de partir o pão juntos) as hierarquias são superadas, não há mais soldados, marinheiros, prisioneiros, mas pessoas que se salvaram juntas. Nesta circularidade superam-se os desequilíbrios de poder e os conflitos, olha-se nos olhos e descobre-se no Outro a própria condição humana. Desta hospitalidade inesperada, que com a sua força apaga a violência da viagem, na circularidade do reconhecimento do Outro, nasce tanta vitalidade. De fato Paulo, nos versículos seguintes, fará várias curas aos enfermos da ilha de Malta. Aqui a circularidade continua: conforme recebo, dou. E nessa história, primeiro você tem que passar pela tempestade, pelo conflito, depois você tem que saber receber, saber ser acolhido e, só então, você pode dar, retribuir. Foi Deus quem nos amou primeiro. O que esta história nos diz hoje? Vamos voltar ao início. Essa jornada assustadora e desesperada parece muito semelhante àquelas que fazem parte de nossa história hoje. Em vez de soldados, marinheiros e prisioneiros, temos milícias, traficantes de pessoas, a chamada guarda costeira líbia e pessoas que fogem em busca de uma vida diferente, em busca de uma esperança, em busca de uma chance. A travessia torna-se um pesadelo, a salvação parece inalcançável – “Durante vários dias não se via o sol nem as estrelas, e a tempestade tornava-se cada vez mais forte. Toda a esperança de nos salvar já estava perdida”, diz o texto. A tempestade da história, com toda a sua violência e fúria, hoje, porém, não é um estado da atmosfera, uma expressão da força da natureza. A tempestade hoje é feita por portas fechadas – ou portos – por leis que a negam em vez de defender a vida. A tempestade hoje é um sistema que permite que as pessoas morram no mar, nos desertos, nos campos de concentração da Líbia. A violência da tempestade de hoje é mais sutil, porque imobiliza as pessoas nas fronteiras, deixando-as em estado de abandono e privação, que as transforma em "mortos-vivos"[3]em seres humanos ainda vivos, mas desprovidos de seu caráter humano a quem é negada a capacidade de agir. O acto de desembarcar, ou de ser acompanhado por uma embarcação de uma ONG, não basta para salvar os náufragos de hoje, não basta para resistir àquela tempestade. Quantas vezes também esta ilha é um lugar de chegada, uma terra de salvação. Mas se criamos a tempestade com nossas leis, com nossas escolhas políticas e econômicas, precisaremos de muito mais do que um píer para pisar. Precisamos saber lidar com a "bondade", precisamos devolver a humanidade a toda uma parte do mundo que, ao contrário, desumanizamos para justificar nossa violência e nossa ganância. Você precisa saber sentar em círculo, quebrar as diferenças de poder e olhar o Outro nos olhos. Precisamos nos reconhecer no Outro e no Outro. Por trás da violência de deixar morrer nossos irmãos e irmãs, está latente a ideia de que eles são um pouco menos humanos do que nós, um pouco menos pessoas, portanto tendo um pouco menos de direito de escolher para onde ir e que vida querem. Mas como cristãos temos outro olhar, certo? Deus não foi feito homem por meio de Jesus Cristo? Não foi Deus quem primeiro quebrou essa hierarquia, essa distância? E Jesus, em sua corporeidade, não representa toda a humanidade, com igual dignidade e liberdade? O próprio Jesus nos ensina a ir ao encontro do Outro para nos reconhecermos. Fá-lo através de figuras marginalizadas, fá-lo através das mulheres, dos pobres, dos doentes. Jesus cruza continuamente as linhas entre puro/impuro, sagrado/profano, escravo/mestre, pobre/rico, vida/morte[4]. A história de Atos nos mostra o quanto estamos, todos juntos, literalmente no mesmo barco, tanto na tempestade quanto no local de desembarque. Todos na história temem por suas vidas, e quando você acredita que tudo está perdido, quando pensa que não há mais esperança, quando parece que não vê o horizonte, a única forma de superar essa crise é se juntar aos seus companheiros de viagem. E em Cristo somos todos viajantes juntos! Paulo nos diz que para nos salvarmos devemos permanecer juntos, como iguais, fortalecendo-nos e nos redescobrindo na humanidade do Outro. Na introdução do SPUC deste ano lemos: “Esta história interpela-nos como cristãos que enfrentamos juntos a crise migratória: somos coniventes com forças indiferentes ou acolhemos com a humanidade, tornando-nos assim testemunhas do amor de Deus por cada pessoa? […] Nos caminhos tempestuosos e nos encontros fortuitos da vida, a vontade de Deus para a Igreja e para toda a humanidade atinge o seu cumprimento; como Paulo proclamará em Roma, a salvação de Deus é para todos (Atos 28:28). E, portanto, irmãos e irmãs, ou somos livres e livres juntos (estamos seguros e seguros juntos) ou somos escravos e escravas juntos[5]. Amém. [1] Vanessa Ambrosecchio (2020), tp24.it. [2] Luca M. Negro (2020), nev.it. [3] Mbembe A. (2003), necropolíticaem “Culturas Públicas”. [4] Verde E. (2007), O Deus sem limitesClaudiana, Turim. [5] Solnit R. (2017), Os homens me explicam as coisas. Reflexões sobre a opressão masculinaPonte delle Grazie, Milão. ...

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Otimizado por Lucas Ferraz.