A sinodalidade na perspectiva ecumĂȘnica
Roma (NEV), 26 de abril de 2022 â A conferĂȘncia de primavera da Secretaria de Atividades EcumĂȘnicas (SAE) intitulada âSinodalidade: perspectivas ecumĂȘnicasâ começou em 23 de abril na Casa Aurora da Igreja Adventista em Florença. Depois da saudação do Presidente do Conselho das Igrejas de Florença, Marco Bontempie as boas-vindas do diretor do Instituto Adventista de Florença, David Romanoapresentou os trabalhos Erica Sfreddapresidente da associação interconfessional de leigos e leigas para o ecumenismo e o diĂĄlogo a partir do diĂĄlogo judaico-cristĂŁo.
âA tarefa da Sae Ă© contribuir para a formação ecumĂȘnica, e o tema da sinodalidade, particularmente neste perĂodo do processo sinodal da Igreja CatĂłlica, Ă© uma oportunidade de discussĂŁo entre as Igrejas que podem se doar mutuamente com suas prĂłprias prĂĄticas e experiĂȘnciasâ, disse o presidente. Depois de uma lembrança do teĂłlogo Carlos Molarirecentemente falecido, oferecido pelo teĂłlogo Simone Morandini do ComitĂȘ Executivo da Sae, a reflexĂŁo partiu da vertente bĂblico-teolĂłgica com as intervençÔes de Letizia Tomassone da Faculdade Valdense de Teologia em Roma e de Ricardo Battocchiopresidente da Associação TeolĂłgica Italiana.
Tomassone ilustrou âa declinação da sinodalidade e a dinĂąmica histĂłrica do SĂnodo nas Igrejas Valdenses e Metodistas. Elementos salientes sĂŁo a plena participação de leigos e leigas no SĂnodo, um ĂłrgĂŁo cuja autoridade deriva da conformidade com as Escrituras e do testemunho interior do EspĂrito Santo. AlĂ©m disso, o SĂnodo Ă© provisĂłrio e suas decisĂ”es sĂŁo submetidas ao exame das igrejas locais. Ao longo da histĂłria, tambĂ©m foi um local de resistĂȘncia a forças externasâ, disse Tomassone, lembrando a ConfissĂŁo de Barmen de 1934, na qual a Igreja Confessante AlemĂŁ se opĂŽs a Hitler em sua tentativa de escravizar o cristianismo Ă ideologia nazista. âO SĂnodo, concluiu, âĂ© uma experiĂȘncia em curso que sempre espera novas aberturas para temas ainda nĂŁo incluĂdosâ.
Riccardo Battocchio fez “uma anĂĄlise dos termos SĂnodo, sinodal e sinodalidade em um excursus histĂłrico que desde os primeiros ConcĂlios ou SĂnodos da Igreja indivisa chegou atĂ© hoje em que a visĂŁo ecumĂȘnica pode dar Ă s igrejas uma nova compreensĂŁo do que Ă© plastificado e nĂŁo palavras aderentes Ă realidade. A forma sinodal poderia resolver a tensĂŁo sempre emergente na Igreja entre comunhĂŁo e conflito. Que a Igreja seja âconstitutivamente sinodalâ, como disse o bispo de Roma, Francisco, nĂŁo Ă© uma afirmação Ăłbviaâ, apontou o teĂłlogo â. Ă preciso continuar no caminho indicado pelo ConcĂlio e tambĂ©m Ă© preciso estar atento Ă linguagem: ainda hoje se ouve falar dos pastores e do povo de Deus como se fossem duas realidades distintas e nĂŁo a mesma Igreja. Finalmente, cada igreja pode relacionar seu entendimento de sinodalidade com o das outras na perspectiva da troca de donsâ.
Seguiu-se um debate que precedeu, à noite, a celebração da Eucaristia na oitava da Påscoa em que muitas vozes rezaram pela paz, na noite em que, no meio do conflito na Ucrùnia, as igrejas ortodoxas celebravam a ressurreição de Cristo.
A conferĂȘncia continua com as experiĂȘncias da tradição ortodoxa com a intervenção remota de Dionisios Papavasileiou da Sagrada Arquidiocese Ortodoxa da ItĂĄlia e a prĂĄxis evangĂ©lica com a intervenção na sala do pĂĄroco Pawel Gajewski da Faculdade Valdense de Teologia.
O programa tambĂ©m inclui a narração de histĂłrias de diĂĄlogo ambientadas em Florença, palestrantes Ricardo Saccenti da Universidade de BĂ©rgamo, Andrea Bigalli do Instituto de CiĂȘncias Religiosas da Toscana e da Roberto Pecchioli da Igreja CristĂŁ EvangĂ©lica dos IrmĂŁos de Florença.
Hoje, segunda-feira, serĂŁo concluĂdos os trabalhos sobre o tema do caminho sinodal catĂłlico, monsenhor Erio Castellucciarcebispo de Modena-Nonantola e vice-presidente da CEI e Serena Nogueira do Instituto de CiĂȘncias Religiosas da Toscana.
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