Mântua, uma cidade ecumênica em evolução graças ao novo Concílio de Igrejas
Roma (NEV), 18 de janeiro de 2022 – Abre hoje a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SPUC). Neste contexto, importantes nomeações serão realizadas em Mântua, incluindo a eleição da Presidência do novo Conselho de Igrejas. Uma entidade cidadã ecumênica que representa a realidade ecumênica existente, mas que pretende consolidar atividades e oportunidades de intercâmbio.
Falamos sobre isso com a pastora Ilenya Goss, pastor da igreja valdense de Mântua e Felonica. Formado em filosofia e medicina-cirúrgica, Goss é membro da Comissão de Bioética das Igrejas Batista, Metodista e Valdense. Ela também é teóloga e musicista.
No primeiro domingo do Advento (28 a 21 de novembro) houve a assinatura do Estatuto pelos representantes das 4 Igrejas fundadoras deste novo Concílio. A presidência será eleita em 23 de janeiro. Pastor Goss explica:
“Na primeira semana do Advento de 2021, as Igrejas cristãs presentes em Mântua e na região de Mântua se reuniram por meio de seus representantes, convidados da Igreja Ortodoxa Romena de Mântua, para ler o Estatuto que institui o Conselho das Igrejas Cristãs de Mântua”.
A componente valdense, cuja igreja está presente em Mântua desde a segunda metade do século XIX, deu uma contribuição fundamental para a redação deste Estatuto.
A igreja valdense, de fato, “está empenhada na redação deste texto, que foi depois submetido aos demais participantes do Concílio das Igrejas Cristãs” e aprovado por todos os presentes, ou seja, “pelos delegados que cada um dos as igrejas-membro tem desejado enviar neste momento fundacional”, explica o pastor novamente.
No dia 23 de janeiro, por ocasião da vigília ecumênica organizada no âmbito do SPUC, será realizada a eleição do Conselho da Presidência. “No momento temos quatro igrejas cristãs participantes – continua Goss -. Eles são os fundadores desta nova realidade ecumênica, que quer se dotar de uma institucionalidade para poder trabalhar com mais liberdade e dar continuidade ao trabalho ecumênico nesta cidade”.
Estamos falando da Igreja Valdense, da Igreja Católica, da Igreja Ortodoxa Romena e da Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Moscou. Há também uma igreja pentecostal que, relata o pároco, “queria estar presente como observadora. De fato, o Estatuto prevê a possibilidade de serem igrejas observadoras. Naturalmente essas igrejas, mesmo que indiquem um de seus deputados, têm voz consultiva, mas não deliberativa”.
Em suma, trata-se de um “trabalho que está, de facto, em continuidade com os trabalhos anteriores que já estão presentes na área há muitos anos”. Essa roupagem mais “institucional” fará com que “as pessoas comprometidas com o ecumenismo possam se mover, mudar de interesses ou, em todo caso, não ser sempre as mesmas, mas haverá um elemento de estabilidade e solidez. As várias atividades podem ser incluídas neste quadro, com uma possível mudança de pessoas e intérpretes, para que a atividade ecumênica não fique presa a interesses individuais, mas permaneça uma realidade coletiva permanentemente presente – concluiu o Pastor Goss -. Esperamos poder dar continuidade a este trabalho, com uma presença que pode ser informativa, formativa, diaconal, mas também cultural e teológica, neste território”.
os compromissos
sábado 22, Estudo da Bíblia organizado pela Secretaria de Atividades Ecumênicas (SAE) com o pároco Ilenya Goss e don Roberto Fiorini. Evento online; link para entrar: [email protected]
domingo, 23, vigília de oração ecumênica organizada pelo Conselho das Igrejas Cristãs de Mântua. Aos 18, presencialmente, na igreja paroquial de San Giorgio Bigarello. Você pode acompanhar o encontro no canal YouTube da paróquia de San Giorgio Martire Mantua. Isto é seguido pela reunião do Conselho Mundial de Igrejas para eleger o Comitê Presidencial.
domingo 30à tarde, a marcha pela paz participou e foi apoiada pela igreja valdense de Mântua.
Para saber mais
Leia também o‘entrevista em Notícias da semana para Samuel Bignotti, jovem sacerdote delegado da diocese de Mântua para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso. O Conselho com seu Estatuto – explica Bignotti no artigo – “retrata em extrema síntese a realidade ecumênica da cidade e da província […] A forma do Concílio de Igrejas é defendida por várias fontes. Sentiu-se e sente-se a necessidade de um lugar de encontro ‘igual’ que possa garantir uma certa continuidade da ação ecumênica”.
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