Daniele Garrone assina a campanha “Estamos prontos, e vocĂȘ?”

Daniele Garrone assina a campanha “Estamos prontos, e vocĂȘ?”

Roma (NEV), 12 de maio de 2022 – O presidente da Federação das Igrejas EvangĂ©licas da ItĂĄlia (FCEI), Daniele Garrone, estĂĄ entre os signatĂĄrios da campanha “Estamos prontos, e vocĂȘs?”. O objetivo da campanha Ă© que a lei conhecida como “Ius Scholae”, atualmente tramitada na ComissĂŁo de Assuntos Constitucionais da CĂąmara dos Deputados, seja tramitada no Parlamento e aprovada atĂ© o final da Legislatura. A lei permitiria que homens e mulheres muito jovens que cresceram e estudaram na ItĂĄlia por anos adquirissem a cidadania italiana.

A campanha foi lançada no dia 9 de maio pelo Confronti, pela Coordenação Nacional das Novas GeraçÔes Italianas (CONNGI) e pelos Italianos Sem Cidadania. Em apenas trĂȘs dias a iniciativa jĂĄ ultrapassou os 500 membros. Entre os signatĂĄrios, alĂ©m de Garrone, tambĂ©m: Manuela Vinay (Chefe do EscritĂłrio Otto per Mille da Igreja Valdense – UniĂŁo das Igrejas Metodista e Valdense). Annapaola Carbonato (SecretĂĄria Nacional da Federação da Juventude EvangĂ©lica da ItĂĄlia – FGEI). AlĂ©m disso, assinaram professores, chefes de instituiçÔes, cultura e jornalismo.

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Baixe o comunicado de imprensa:

05_12_PRESS_RELEASE_ESTAMOS PRONTOS PARA VOCÊ


A Federação das Igrejas Evangélicas na Itålia (FCEI) e seu programa para migrantes e refugiados, Mediterranean Hope, hå muito se unem e apoiam vårias iniciativas da sociedade civil para o reconhecimento da cidadania para filhos de imigrantes ou que cresceram na Itålia e apenas para os ius. Entre elas, a campanha da Itålia também estå.

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“Precisamos de um novo horizonte cultural”

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"O Mundo de Banksy", Turim - foto ER/NEV Roma (NEV), 3 de abril de 2023 - Nossa "liberdade religiosa especial" termina com este editorial de Daniele Garronepresidente da Federação das Igrejas Protestantes da ItĂĄlia (FCEI). A situação Ă© clara. A ItĂĄlia Ă© cada vez mais “plural” do ponto de vista religioso, e nĂŁo apenas por causa da imigração. A mesma confissĂŁo cristĂŁ majoritĂĄria, a catĂłlica romana, jĂĄ nĂŁo tem a relevĂąncia social que mesmo em poucas dĂ©cadas teve importantes repercussĂ”es tambĂ©m na polĂ­tica. Perante esta realidade, que se revela evidente por exemplo nas aulas do ensino obrigatĂłrio, parecem existir carĂȘncias evidentes, tanto a nĂ­vel legislativo como cultural. O direito Ă  liberdade religiosa, consagrado na Carta Constitucional, parece ser gradual, por assim dizer: um regime privilegiado para a Igreja CatĂłlica; reconhecimento e proteção Ă s confissĂ”es que jĂĄ tiveram acesso aos Acordos previstos no art. 8 da Carta; depois todos os outros, ainda sujeitos a regras que remontam Ă  legislação fascista sobre "cultos permitidos". VĂĄrios pedidos de adesĂŁo a uma Entente por algumas confissĂ”es, em alguns casos numerosas, como muçulmanos ou ortodoxos romenos, ainda permanecem pendentes. DaĂ­ a urgĂȘncia de uma nova lei orgĂąnica sobre liberdade e consciĂȘncia religiosa, coerente com as novas e cada vez mais evidentes dinĂąmicas religiosas que tambĂ©m registamos em ItĂĄlia. O problema Ă© que o tema da liberdade religiosa e do pluralismo Ă© pouco ouvido. NĂŁo chama a atenção dos parlamentares porque basicamente a maioria deles acha que Ă© um assunto de "nicho", que diz respeito a poucos e pequenas minorias. NĂŁo Ă© assim por duas razĂ”es: por um lado, hĂĄ milhĂ”es de cidadĂŁos no total (pense nos muçulmanos, e nos ortodoxos, a segunda religiĂŁo e a segunda confissĂŁo cristĂŁ na ItĂĄlia por consistĂȘncia). Por outro lado, e sobretudo, trata-se da qualidade da nossa democracia e da plena aplicação da sua Carta Constitucional e a condição de minorias Ă© um indĂ­cio do reconhecimento das liberdades e direitos, iguais para todos os cidadĂŁos. Enfrentar esses problemas requer sensibilidade para as formas, que em direito sĂŁo substĂąncia; a convicção de que liberdades e direitos nĂŁo podem ser declinados ou graduados de vĂĄrias maneiras; uma abertura cultural que supera a preguiça intelectual e supera os limites da propaganda. A falta de sensibilidade para o pluralismo religioso e a urgĂȘncia de abordĂĄ-lo parecem atravessar os alinhamentos partidĂĄrios, e isso Ă© ainda mais grave porque estamos lidando com questĂ”es "liberais" no sentido mais elevado do termo. Resta, pois, insistir em colocar o problema e, sobretudo, apostar na cultura e na sensibilização e a FCEI e os CCERS* assumem esta tarefa. NĂŁo estamos sozinhos: a conferĂȘncia "Pluralismo religioso, fundamentalismo, democracias" organizada pela Fundação Basso e o Confronti mensal (Roma, 17-18 de fevereiro de 2023) foi uma importante oportunidade de reflexĂŁo e conscientização em vĂĄrios nĂ­veis: reflexĂŁo jurĂ­dica, horizonte cultural, interlocução com a polĂ­tica. Os outros artigos do especial: A AgĂȘncia NEV inaugura uma sĂ©rie de entrevistas para abordar os temas da conferĂȘncia "Pluralismo religioso, integralismos, democracias", realizada recentemente em Roma. Vamos começar este "Especial liberdade religiosa" juntamente com Paolo Naso, coordenador da ComissĂŁo de Estudos de Integração da FCEI, consultor para as relaçÔes institucionais do programa de refugiados e migrantes FCEI/MediterrĂąneo Esperança, alĂ©m de professor da Universidade Sapienza e membro da ComissĂŁo CientĂ­fica da o Centro de ComparaçÔes de Estudos. Segundo episĂłdio do especial do NEV para voltar aos temas da conferĂȘncia “Pluralismo religioso, integralismos, democracias”, realizada recentemente em Roma. Entrevista de Gian Mario Gillio com a assessora jurĂ­dica da FCEI, Ilaria Valenzi. Terceira parcela do NEV especial. Entrevista com o presidente da Federação das Igrejas Pentecostais (FCP), pastor Carmine Napolitano. Quarta prestação. 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AlĂ©m da Federação das Igrejas EvangĂ©licas da ItĂĄlia e de todas as suas igrejas membros, elas fazem parte da CCERS as AssemblĂ©ias de Deus na ItĂĄlia, a UniĂŁo Italiana das Igrejas Adventistas do SĂ©timo Dia, a Federação das Igrejas Pentecostais, a Obra das Igrejas dos IrmĂŁos, a Igreja do Nazareno, a Igreja ApostĂłlica na ItĂĄlia, a Igreja EvangĂ©lica Internacional, a Aliança Comunidade EvangĂ©lica Italiana, Comunidade CristĂŁ Rios da Vida, Igreja EvangĂ©lica da Reconciliação, UniĂŁo das Igrejas BĂ­blicas CristĂŁs, ConferĂȘncia EvangĂ©lica Nacional. ...

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Roma (NEV), 29 de novembro de 2022 – A vida apĂłs 15 de agosto de 2021 tornou-se um "pesadelo". Mohammad repete isso vĂĄrias vezes enquanto fala sobre como o AfeganistĂŁo mudou com o retorno do TalibĂŁ. Ele os chama de "monstros". Ele tem dois livros na mesa de cabeceira do quarto onde mora com sua famĂ­lia, um Ă© um livro de medicina, seu trabalho em Cabul, o outro Ă© "Italiano para leigos", para aprender o bĂĄsico do italiano, tendo em vista a partida . NĂŁo hĂĄ livros, mas folhas para desenhar na casa da segunda famĂ­lia que encontramos: sĂŁo dois filhos pequenos, um casal, uma irmĂŁ adulta. Outros parentes moram nas proximidades. SĂŁo um grande nĂșcleo, vĂȘm da provĂ­ncia de Bamiyan, no centro do AfeganistĂŁo, onde em 2001 as estĂĄtuas de dois Budas foram destruĂ­das pelos talibĂŁs. Eles nos oferecem um chĂĄ de açafrĂŁo. Pergunto-lhe como Ă© que os pais se conheceram: “somos primos”, eles respondem, coram e sorriem, “ela passava por baixo da minha janela e reparei nela”. SerĂĄ o Ășnico momento em que a histĂłria deles nĂŁo serĂĄ tensa, difĂ­cil, dura. Eles sĂŁo da etnia hazara, assim como outro grande nĂșcleo que encontramos em um apartamento a alguns quilĂŽmetros de distĂąncia, em Islamabad. Marido, esposa e filha de poucos meses, avĂŽ e avĂł, ambos muito pequenos, e mais quatro filhos, pouco mais que adolescentes. É ciclista mas tambĂ©m fotĂłgrafo (com 12.000 seguidores no instagram): vendeu a bicicleta, quer saber quando poderĂĄ voltar a correr. NĂŁo era possĂ­vel praticar esportes sob o TalibĂŁ. E nĂŁo era possĂ­vel ou seguro para ele continuar morando no AfeganistĂŁo, porque ele treinou as meninas. A mĂŁe sempre esteve envolvida na polĂ­tica, a nĂ­vel local e regional. Toda a famĂ­lia tem uma histĂłria de engajamento e ativismo. Em uma mala, ao se preparar para o voo para a ItĂĄlia, trouxeram toda uma louça. Foto de Niccolo Parigini O Sr. Sediqi, nascido em 1956 e com vĂĄrios problemas de saĂșde, viajou de carroça para cruzar a fronteira. Ele foi jardineiro anos atrĂĄs e reencontra a famĂ­lia que jĂĄ estĂĄ na ItĂĄlia. Tem sido acompanhado nos Ășltimos meses – superando obstĂĄculos de todo o tipo e vĂĄrias vicissitudes – por um rapaz de apenas 17 anos, que essencialmente se encarregou dele. “Viramos uma famĂ­lia”, disse, olhando para o smartphone, como qualquer adolescente. Ele abraçou sua mĂŁe, que havia conseguido partir em julho passado com o primeiro vĂŽo dos corredores humanitĂĄrios, em Fiumicino, alguns dias depois de nosso encontro, ela trouxe para ele uma poinsĂ©tia. Ele vem de Bamiyan - que era "famosa pelos direitos humanos, pela participação das pessoas na vida pĂșblica, um dos centros mais democrĂĄticos e avançados do paĂ­s" - HS, jornalista, fotojornalista, ativista de direitos humanos, tambĂ©m trabalhou como intĂ©rprete e fixadores. 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diålogo, missão holística e despolarização

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Ana Burghardt. foto FLM Roma (NEV), 22 de junho de 2021 – A coletiva de imprensa foi realizada ontem para apresentar o recĂ©m-eleito SecretĂĄrio Geral da Federação Luterana Mundial (FLM), o pastor estoniano Ana Burghardt. A primeira mulher a ocupar esse cargo, Burghardt respondeu a perguntas de vĂĄrios jornalistas que falaram no zoom de todo o mundo. Colegas de mĂ­dia conectados da ItĂĄlia, Alemanha, FinlĂąndia, SuĂ©cia, PolĂŽnia, MĂ©xico, IndonĂ©sia e vĂĄrios outros paĂ­ses. A coletiva de imprensa foi uma oportunidade para apresentar o novo secretĂĄrio e desenvolver alguns dos temas que a Federação Luterana Mundial estĂĄ desenvolvendo no Conselho e nas regiĂ”es. Entre eles: teologia, diĂĄlogo ecumĂȘnico, ajuda humanitĂĄria. “A EstĂŽnia Ă© considerada um dos paĂ­ses mais secularizados do mundo” começou Burghardt, que tambĂ©m contou algumas anedotas pessoais, como seu batismo quando adolescente. Um momento significativo que faz parte de sua caminhada de vida e fĂ©: “Na minha opiniĂŁo Ă© importante levar a sĂ©rio a tarefa de interpretar a mensagem de Cristo”, disse o pĂĄroco. Grande apoio, continuou a recĂ©m-eleita, vem tambĂ©m do marido, Arnd Matthias BurghardttambĂ©m pastor da Igreja EvangĂ©lica Luterana da EstĂŽnia, e seus "filhos maravilhosos". Teologia, unidade, missĂŁo, justiça A sua visĂŁo Ă© exatamente a da FLM, uma comunhĂŁo que “vive e trabalha em conjunto por um mundo justo, pacĂ­fico e reconciliado, liberto pela graça de Deus”. Na coletiva de imprensa, o pĂĄroco reiterou a importĂąncia dos 4 pilares da Federação: teologia, unidade, missĂŁo, justiça. Com um olhar sobre os novos desafios ecumĂȘnicos. “Todos esses aspectos devem permanecer fundamentais e devem ser implementados na comunhĂŁo. Devemos continuar refletindo nas igrejas e comunidades – disse Anne Burghardt -. Precisamos estar conectados e ajudar a compartilhar e apoiar testemunhos vibrantes em diferentes contextos. Nossa contribuição para a Criação, para a paz e a justiça nas igrejas e nas sociedades pode trazer mudanças positivas”. Inspiração e conexĂŁo Questionada sobre ser a primeira mulher a ocupar esse cargo, a pastora disse: “Sinto-me muito honrada por minha experiĂȘncia e minha profissĂŁo terem sido reconhecidas. Sei que significa muito ser a primeira mulher nesta posição e espero que minha eleição inspire mulheres em todas as comunidades”. A discussĂŁo passou entĂŁo para os temas do anĂșncio do Evangelho e do papel das igrejas: “A diaconia e a oração devem estar bem equilibradas. O trabalho teolĂłgico deve estar na base de tudo, mas se queremos realmente fazer a diferença no mundo devemos servir o prĂłximo”. Quanto Ă  interligação, para Burghardt Ă© importante “Criar materiais mais acessĂ­veis, desenvolver a educação teolĂłgica e as relaçÔes com as organizaçÔes humanitĂĄrias e as igrejas locais que trabalham no terreno”. RelaçÔes com a Igreja CatĂłlica No que diz respeito Ă s relaçÔes com a Igreja CatĂłlica Romana, o SecretĂĄrio disse que para a Federação Luterana Mundial elas fazem parte "da histĂłria do ecumenismo", recordando a comemoração conjunta da Reforma e outros marcos ecumĂȘnicos importantes, como o processo relativo Ă  ConferĂȘncia Declaração sobre a doutrina da justificação (JDDJ) “É um diĂĄlogo contĂ­nuo, um processo contĂ­nuo que ainda tem vĂĄrios temas em pauta”, sublinhou Burghardt, falando das comemoraçÔes em espĂ­rito ecumĂȘnico, da ConfissĂŁo de Augsburgo, por exemplo, e dos prĂłximos compromissos no 500Âș aniversĂĄrio da excomunhĂŁo de Lutero . “Acho que a conexĂŁo entre catĂłlicos e luteranos continuarĂĄ em um nĂ­vel amigĂĄvel e recĂ­proco”, disse ele. A “MissĂŁo HolĂ­stica” Temos uma “missĂŁo holĂ­stica”, continuou o pĂĄroco, concentrando a atenção no trabalho de defesa dos direitos realizados pelos luteranos do mundo, no desenvolvimento e na ajuda humanitĂĄria, mas tambĂ©m na pastoral. Porque, especificou novamente, “devemos apoiar todos os seres humanos, independentemente de sua religiĂŁo. Mesmo em crises psicolĂłgicas. Em nosso tempo – afirmou entĂŁo -, as igrejas devem servir a todos”. Durante a conferĂȘncia de imprensa voltaram a ser abordadas as questĂ”es relativas Ă s intervençÔes de ajuda Ă  emergĂȘncia da covid e Ă  solidariedade. DiĂĄlogo com a Igreja Ortodoxa Quanto ao diĂĄlogo com a Igreja Ortodoxa, que Burghardt conhece muito bem, o caminho estĂĄ aberto. Imediatamente apĂłs a eleição do novo secretĂĄrio-geral, disse ela, os sinos da igreja ortodoxa prĂłxima tocaram com mais intensidade, saudando assim o pĂĄroco eleito. Despolarização e resolução de conflitos na “famĂ­lia luterana” Finalmente, foi dada especial atenção ao conceito de "Despolarização", que envolve tanto o trabalho da Federação com as realidades inter-religiosas, sociais e ecumĂȘnicas do mundo, mas tambĂ©m o diĂĄlogo interno. “Precisamos de um equilĂ­brio entre autonomia e responsabilidade – disse Anne Burghardt -. Isso se aplica a nĂłs, bem como Ă s igrejas anglicanas e reformadas. O que Ă© preciso Ă© vontade de dialogar, estar pronto para ouvir os argumentos das diferentes posiçÔes. Somos chamados a reconhecer a graça concedida aos irmĂŁos e irmĂŁs em Cristo. Acho que como Federação Luterana Mundial, juntamente com outras igrejas, podemos dar uma grande contribuição na metodologia de resolução de conflitos, atravĂ©s de mĂ©todos de consenso e outros mĂ©todos que precisamos explorar. As questĂ”es existenciais que me inspiraram quando adolescente ainda sĂŁo relevantes hoje, mesmo no contexto secular. Se quisermos tocar os coraçÔes na graça de Deus, devemos ver onde estĂŁo as profundas necessidades das pessoas. A FLM pode oferecer alternativas de sucesso, com uma narrativa sobre o amor incondicional de Deus e, porque nĂŁo, sobre a mensagem evangĂ©lica de prosperidade”. Os riscos de polarização, “evidentes, por exemplo, em temas como a ordenação de mulheres, casamento e sexualidade – concluiu o SecretĂĄrio – podem ser superados com a educação teolĂłgica. É isso que permite superar as visĂ”es em preto e branco. Em particular, no contexto luterano, com a abordagem dialĂ©tica podemos unir diferentes visĂ”es que parecem contraditĂłrias, treinando-nos para integrar os pontos de vista. Isso Ă© importante nĂŁo sĂł para aumentar a cooperação, mas tambĂ©m para a formação das futuras geraçÔes pastorais, que pretendemos apoiar com cursos online e trabalhar em conjunto com as instituiçÔes teolĂłgicas das diversas regiĂ”es para que possam ser parte ativa na superação das polarizaçÔes no mundo famĂ­lia luterana". ...

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Otimizado por Lucas Ferraz.