Teologia.  O fundamentalismo como desafio ecumĂȘnico

Teologia. O fundamentalismo como desafio ecumĂȘnico

Roma (NEV), 2 de julho de 2018 – O 52Âș SeminĂĄrio EcumĂȘnico Internacional organizado pelo Instituto de Pesquisa EcumĂȘnica das Igrejas Luteranas começa hoje em Estrasburgo, França. O tĂ­tulo desta edição, que se encerra em 9 de julho, Ă© “O fundamentalismo como desafio ecumĂȘnico” e contarĂĄ com a participação de teĂłlogos de vĂĄrias igrejas e nacionalidades.

SerĂĄ abordado o tema do fundamentalismo na Ortodoxia, Catolicismo e Protestantismo. “A Ășnica coisa que todos os fundamentalismos tĂȘm em comum Ă© a pretensĂŁo de interpretar autenticamente as Sagradas Escrituras”, lĂȘ-se na apresentação do encontro, que pretende ser um momento de reflexĂŁo e discussĂŁo a partir de algumas questĂ”es em aberto. O que Ă© uma abordagem fundamentalista da escrita, distinta de outras abordagens exegĂ©ticas? O que torna essa abordagem tĂŁo atraente para aqueles que a defendem e quais sĂŁo suas limitaçÔes? E novamente: em que contextos esse termo Ă© usado? Pode ser descrito como um fenĂŽmeno sociolĂłgico? Ou Ă© um rĂłtulo polĂȘmico aplicado ao ponto de vista de um oponente? Quem sĂŁo os lĂ­deres fundamentalistas?

Parte do trabalho se concentrarĂĄ no fundamentalismo cristĂŁo nos contextos geogrĂĄficos americano, africano, asiĂĄtico e europeu.

O Instituto EcumĂȘnico de Pesquisa Ă© afiliado Ă  Federação Luterana Mundial e reĂșne teĂłlogos e professores de todo o mundo.

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Carsten Gerdes.  Fé e esperança para o futuro da Igreja Luterana

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O Reitor da Igreja EvangĂ©lica Luterana na ItĂĄlia (CELI), pastor Carsten Gerdes CatĂąnia (NEV/CEL), 2 de maio de 2023 – No encerramento do XXIII SĂ­nodo da Igreja EvangĂ©lica Luterana na ItĂĄlia (CELI), fizemos algumas perguntas ao Reitor, Pr. Carsten Gerdes. Qual Ă© o seu balanço deste SĂ­nodo? O balanço que posso tirar do SĂ­nodo que acaba de terminar Ă©, por um lado, simples de resumir: os trabalhos terminaram uma hora antes do previsto. Portanto, podemos dizer que nĂŁo tivemos nenhuma questĂŁo crĂ­tica especĂ­fica na discussĂŁo. Por outro lado, devo admitir que em pelo menos algumas questĂ”es poderĂ­amos ter, e talvez devĂȘssemos ter decidido com mais clareza. Afinal, porĂ©m, a discussĂŁo geral nĂŁo nos guiou nessa direção. Em seu relatĂłrio introdutĂłrio, mas tambĂ©m em sua entrevista prĂ©-sinodal ao semanĂĄrio Riforma, hĂĄ uma profunda mensagem pastoral. Afirmaste, por exemplo, que "muitas vezes se pede aos crentes que prestem contas da sua fĂ© e, com igual frequĂȘncia, aqueles que o fazem nĂŁo conseguem ver que tambĂ©m a vida daqueles que consideram a fĂ© incompreensĂ­vel, ou mesmo inĂștil, Ă© construĂ­da sobre fundamentos que ainda nĂŁo demonstraram sua sustentabilidade. Na sua opiniĂŁo, o que Ă© a "sustentabilidade da fĂ©"? Claro, a resposta a esta pergunta pode variar de pessoa para pessoa. Por qual Ă© a perspectiva da minha vida, percebo que Ă© bom que nem tudo dependa de mim, das minhas possibilidades: mentais, de pensamento, condiçÔes de saĂșde.Quero dizer que a base que sei que tenho vai alĂ©m de mim: desde a manhĂŁ, pela leitura de um versĂ­culo da BĂ­blia e pela comparação que consigo fazer com esse texto. Mesmo quando faço uma oração, mesmo sabendo que naquele momento nĂŁo vai acontecer o que eu quero, sei que posso confiar em alguĂ©m que nĂŁo seja eu para me ouvir e nĂŁo ter que responder como eu quero. FĂ© sustentĂĄvel Ă© confiar e confiar em Deus. Muitas vezes nos sentimos frustrados por estarmos sozinhos na diĂĄspora: na realidade, muitos convidados vieram para o SĂ­nodo de muitas partes da Europa e de toda a ItĂĄlia. Uma demonstração de que nĂŁo estamos sozinhos. EntĂŁo, como Ă© esse sentimento como uma minoria? Eu venho do norte da Alemanha. Nessas partes, novamente, a maioria dos cristĂŁos sĂŁo evangĂ©licos, sĂŁo protestantes. EntĂŁo a experiĂȘncia do CELI, de uma igreja na diĂĄspora, Ă© uma experiĂȘncia nova para mim. Novo e intenso. No entanto, percebo, em minhas reuniĂ”es com outras igrejas minoritĂĄrias, que nĂłs, os "pequeninos", podemos aprender uns com os outros. Encorajando uns aos outros. Dando-nos uma mĂŁo. Somos muitos pequenos grĂŁos que juntos finalmente formam uma obra. Esta Ă© a minha visĂŁo e esperança. Uma visĂŁo que me eleva quando me sinto pequena e sozinha. Afinal, “nĂłs somos sal”
? É verdade. Muitos pequenos grĂŁos de sal que juntos formam uma pilha de sal. Mas atenção: nem sempre precisamos de um monte. Às vezes, pequenos grĂŁos dispersos sĂŁo suficientes: eles jĂĄ sĂŁo eficazes em sua força de ser grĂŁos. Entrevista por Gianluca Fiusco e Elena Ribet. Obrigado GeĂłrgia E. betz pela tradução do alemĂŁo. Para saber mais: Homepage – InglĂȘs – Igreja Luterana Especial NEV SĂ­nodo Luterano 2023 ...

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Roma (NEV), 30 de outubro de 2013 – Mais de noventa jovens batistas, metodistas e valdenses se reuniram para o XIX Congresso da Federação Italiana da Juventude EvangĂ©lica (FGEI), que serĂĄ realizado de 31 de outubro a 3 de novembro no Centro Ecumene de Velletri ( RM). Um FGEI que nos Ășltimos 30 meses – este Ă© o perĂ­odo de tempo entre um Congresso e outro – tornou-se mais intercultural e intergeracional. No centro das atençÔes estarĂĄ a combinação: cuidado e testemunho. “O cuidado como oferta de serviço Ă s comunidades, o testemunho como necessidade de sair de nossas igrejas para ir Ă  cidade, estar lĂĄ, trazer a prĂłpria voz”, explica o secretĂĄrio cessante Claudio Paravati, e acrescenta: “NĂŁo hĂĄ dĂșvida que hoje o FGEI por um lado estĂĄ rejuvenescido, por outro, com a presença de 'novos italianos' tambĂ©m em nossas comunidades, se diversificou em termos de origens culturais”. NĂŁo Ă© por acaso que nos Ășltimos meses a FGEI aumentou a sintonia e a colaboração com o programa "Estar juntos a Igreja" (ECI) promovido pela Federação das Igrejas Protestantes da ItĂĄlia (FCEI). O FGEI, portanto, participou ativamente do primeiro projeto LINFA (laboratĂłrio de formação e recepção intercultural) promovido pelo ECI, enquanto junto com a RĂĄdio evangĂ©lica Beckwith criou o projeto "Geração ItĂĄlia" destinado a documentar a presença de jovens nas igrejas. A ideia Ă© produzir material atualizado tambĂ©m tendo em vista um dos prĂłximos seminĂĄrios LINFA sobre o tema da dinĂąmica intergeracional previsto para março de 2014. Entretanto, o Conselho FGEI repensou o projeto ECI em chave juvenil como EGI (Being young together): trata-se de “reimaginar” e redesenhar um FGEI que tenha em conta as necessidades de uma nova geração com raĂ­zes mĂșltiplas. “Uma necessidade que deve afetar todo o mundo juvenil e eclesiĂĄstico”, diz Paravati, que tambĂ©m faz um balanço de sua experiĂȘncia como secretĂĄrio: “Estes dois anos e meio de mandato foram uma mudança profunda em minha vida. Dei tudo o que pude com espĂ­rito de serviço, mas foi muito pouco em comparação com o que recebi. Os afetos, momentos de edificação e oportunidades de crescimento foram inĂșmeros. Estar a serviço Ă© algo precioso, Ă© bom lembrar de agradecer por esta oportunidade, mesmo nos momentos de dor”. O Congresso que se abre amanhĂŁ nĂŁo sĂł delinearĂĄ as prioridades para o prĂłximo mandato estabelecendo os trabalhos dos grupos, mas - entre outros cargos - tambĂ©m elegerĂĄ os sete membros do Conselho, que, por sua vez, elegerĂĄ o novo secretĂĄrio ( ...

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Suíço.  Culto em GrossmĂŒnster e 500 anos desde a primeira disputa de Zwingli

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Foto acima: GrossmĂŒnster (de www.grossmuenster.ch) Foto abaixo: Disputa de Zurique (de www.zb.uzh.ch/de/zuerich/reformation) Roma (NEV), 20 de janeiro de 2023 – O culto habitual das vĂĄrias denominaçÔes protestantes de Zurique Ă© realizado no domingo, 22 de janeiro, em GrossmĂŒnster. As comunidades reformadas valdenses de lĂ­ngua italiana, de lĂ­ngua francesa, de lĂ­ngua hĂșngara e de lĂ­ngua tcheca e a comunidade luterana participam do culto. HaverĂĄ partes litĂșrgicas em diferentes idiomas e um sermĂŁo multivocal. Para a igreja valdense, celebra o pastor Herbert Anders. A pastora preside com ele Krisztina Michnao pastor Jiƙí Pƙečeko pastor Christophe Kochero pastor Thomas Risel e o pastor Martin Rusch. Segue-se um aperitivo na capela de Helferei. No mesmo dia tambĂ©m Ă© possĂ­vel participar da inauguração da exposição “Disputation – Reformation im Kreuzfeuer” “Disputa. A Reforma no Fogo Cruzado”, na galeria GrossmĂŒnster. A exposição visa celebrar os 500 anos da primeira disputa de Zurique. De fato, 2023 celebrarĂĄ “500 anos das disputas de Zurique”. A primeira, por escrito, ocorreu em 29 de janeiro de 1523. Os organizadores escrevem que a forma de assemblĂ©ia inaugurada com a primeira disputa de Zurique, entĂŁo completamente nova e que mais tarde se desenvolveu em um "modelo de sucesso alĂ©m da fronteira suíça, representou para Zurique o passo decisivo para a renovação social e eclesiĂĄstica. Nas disputas, aconteceram debates pĂșblicos perante o ConcĂ­lio, abrindo caminho para a Reforma”. E tambĂ©m levando ao que Ă© considerado a invenção zwingliana do sĂ­nodo e a vitĂłria da Reforma. Isso Ă© bem explicado por um blog de reformados suíços “locais”, que tentam “entrar na filosofia de uma disputa. Um mĂ©todo de trabalho interessante que permitirĂĄ a muitas cidades introduzir a Reforma. O ConcĂ­lio convoca as partes para a disputa, anunciando que a disputa serĂĄ em alemĂŁo e que o tema serĂĄ a relação entre a Escritura e a tradição humana. O bispo de Constança envia sua delegação, mas nĂŁo como parte envolvida na disputa, mesmo que seja. SĂŁo cerca de 600 participantes e eles se reĂșnem na cĂąmara do conselho. HĂĄ pelo menos dois relatos da disputa e, obviamente, do lado oposto. Alguns momentos da disputa sĂŁo importantes. A primeira diz respeito Ă  reivindicação de ZuĂ­nglio sobre a validade de uma assemblĂ©ia local convocada pela autoridade civil e com poderes para deliberar sobre questĂ”es relativas Ă  fĂ©. Desta afirmação surge o modelo da invenção zwingliana do sĂ­nodo. A segunda Ă©, obviamente, sobre o valor das tradiçÔes. Ao final da disputa, Ă© uma vitĂłria clara para o Zwingli. A Reforma pode continuar”. Para saber mais, leia tambĂ©m: o ensaio de SĂ©rgio Ronchi: Huldrych Zwingli, o reformador de Zurique. No documento, Ronchi explica como a disputa terĂĄ que estabelecer a linha de demarcação entre heresia e fidelidade evangĂ©lica na pregação de seus pastores. Poucos dias depois da disputa, ZuĂ­nglio redigiu suas 67 Teses, que deveriam ter sido a base do debate, mas que mais tarde se tornaram o fundamento da "Sola Scriptura", um dos princĂ­pios cardeais do protestantismo. E, em particular, “a independĂȘncia da palavra de Deus em relação Ă  Igreja, como lemos na tese 1: 'Todos aqueles que afirmam que o evangelho nĂŁo tem valor sem a aprovação da igreja, erram e desprezam a Deus'. Jesus Cristo como Ășnico meio de salvação (teses 3 e 4); a Igreja autĂȘntica constituĂ­da pelo seu corpo, ou seja, por todos os fiĂ©is sem distinçÔes clericais (tese 7-9); o papa nĂŁo tem razĂŁo de existir, porque apenas 'Cristo Ă© o Ășnico e eterno sumo sacerdote' (tese 17); a missa Ă© rejeitada porque 'Cristo se ofereceu uma Ășnica vez como sacrifĂ­cio que dura na eternidade e tem valor expiatĂłrio pelos pecados de todos os crentes; daĂ­ deduzimos que a missa nĂŁo Ă© um sacrifĂ­cio' (tese 18); Cristo Ă© o Ășnico mediador entre o cĂ©u e a terra e, por isso, a intercessĂŁo dos santos Ă© rejeitada (tese 19-21). [
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Otimizado por Lucas Ferraz.