Religiões no hospital.  Integrar a espiritualidade e a medicina nas práticas de cuidado

Religiões no hospital. Integrar a espiritualidade e a medicina nas práticas de cuidado

Foto de Branimir Balogović – detalhe, Unsplash

Roma (NEV), 8 de fevereiro de 2021 – O pastor valdense Sérgio Maná será o convidado do terceiro e último encontro do ciclo de seminários relacionados com o projeto “Religiões no hospital. Integrando a espiritualidade e a medicina nas práticas de cuidado”. Sergio Manna é, entre outras coisas, capelão hospitalar e formador de pastoral clínica.

Abaixo do panfleto. O seminário, de forma virtual, será realizado no dia 26 de fevereiro, das 16h às 18h, palestrantes Sergio Manna pela Faculdade Valdense de Teologia e Paulo Fini, para a pastoral da saúde da diocese de Turim. Moderado Cristina Vargas da Fundação Fabretti.

Organizado pelo laboratório de pesquisa CRAFT da Universidade de Torino, o ciclo é financiado pela Fundação CRT. “A pesquisa visa iniciar um projeto piloto para a capacitação de profissionais de saúde sobre as necessidades religiosas e espirituais dos pacientes hospitalares. Em particular, com referência à Cidade da Saúde e Ciência de Turim. Isto, tendo em vista o crescente pluralismo religioso da região de Turim – lê-se na apresentação da iniciativa -. Pretende-se contribuir para a promoção do bem-estar da comunidade com vista à inclusão e coesão”.


Boas práticas inter-religiosas na atenção à saúde

Um exemplo de boas práticas inter-religiosas na área da saúde é representado pelo Manifesto Inter-religioso dos direitos nas vias de fim de vida. Este é o primeiro documento bioético que estabelece importantes fundamentos comuns. O Manifesto reuniu protestantes, católicos, ortodoxos, judeus, muçulmanos, budistas e hindus. Define nove direitos fundamentais e garante, além do tratamento, o respeito à dignidade e o apoio religioso e espiritual aos que se encontram em fase final de vida nas unidades de saúde. Pela Federação das Igrejas Evangélicas da Itália (FCEI), o presidente, pároco, assinou o Manifesto Luca Maria Negro. Em seus dois anos de vida, o documento teve inúmeras subscrições sucessivas e a criação de um grupo de trabalho para definir os procedimentos operacionais.

Baixe a ficha: Nove direitos nos caminhos do fim da vida

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Roma (NEV), 15 de maio de 2018 - "Secularismo, espiritualidade e instituições: a sala do silêncio e/ou do culto como ferramenta de integração entre instituições e comunidades" é o título da conferência que será realizada na quinta-feira, 17 de maio de 2018, às Palazzo Marino, na Piazza della Scala em Milão. A linha comum é o significado dos lugares dentro de estruturas públicas onde uma pessoa pode se retirar em meditação ou oração. Salas de silêncio estão presentes, por exemplo, em hospitais e aeroportos. A conferência é organizada pelo grupo de trabalho nacional "A sala do silêncio e/ou cultos" e contará com a participação, entre outros, da pastora valdense Daniela DiCarlo com uma intervenção sobre o diálogo entre as fés. A partir das 9 da manhã e até à hora de almoço falaremos de espiritualidade, espaços de despedida entre tradição e novas necessidades rituais, liberdade religiosa em locais de cuidado, perspetivas estéticas e arquitetónicas, com alguns testemunhos como o da “Estância” de Ferrara e o Panteão da Certosa do Cemitério de Bolonha. A origem da "Sala do Silêncio" deve-se ao Secretário Geral da ONU Dag Hammarskjoeld, político e economista luterano sueco que ocupou o cargo de 1954 a 1961. Foi o próprio Hammarskjoeld quem montou uma "Sala Silenciosa" ou "Sala do Silêncio" na sede da ONU em Nova York. Como ele mesmo explicou, “num edifício inteiramente dedicado ao trabalho e ao debate, deve existir uma sala dedicada ao silêncio, no sentido externo, e à quietude, no sentido interno. Um lugar aberto a pessoas de todas as fés e desprovido de qualquer símbolo, porque é dever de quem entra preencher o vazio com o que encontra no centro do seu coração”. (mup) Faça o download do programa: A sala do silêncio Cartaz da conferência 17 de maio de 2018 ...

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